IBDFAM e Comissão de Direitos da Infância da OAB/SE realizam roda de conversa

Encontro debateu o tema ‘Convivência Familiar- Medida de Acolhimento e Adoção’

A Comissão da Infância do Instituto Brasileiro de Direito de Família –  Sergipe (IBDFAM/SE), em parceria com a Comissão de Direitos da Infância, Adolescência e Juventude da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE) realizou na tarde desta segunda-feira, 23, na Escola Superior de Advocacia – ESA/SE, uma roda de conversa com o tema ‘Convivência Familiar – Medida de Acolhimento e Adoção’. Advogados, estudantes de direito, e membros de instituições que atuam em prol da adoção e acolhimento de crianças e jovens em Sergipe acompanharam as palestras ministradas pela promotora de Justiça Lilian Carvalho, que integra a Comissão da Infância do IBDFAM/SE, e por Acácia Lélis, da Comissão de Direitos da Infância da OAB/SE.

“Para marcar o dia 25 de maio que é o Dia Nacional da Adoção decidimos realizar essa roda de conversa direcionada não só à comunidade jurídica, mas à sociedade em geral e pessoas que se dedicam à causa, por isso, contamos com a presença de membros de instituições que atuam no acolhimento e adoção de crianças e adolescentes no nosso estado”, destacou a promotora Lilian Carvalho.

Segundo Acácia Lélis, além de estimular o debate, o encontro teve o objetivo de promover uma reflexão sobre as medidas de acolhimento e encaminhamento de crianças e adolescentes ao seio familiar. “Esse é um debate enriquecedor seja para a classe, para estudantes, membros de instituições, bem como para aqueles que desejam adotar uma criança. A nossa preocupação e a daqueles que se dedicam ao trabalho de acolhimento é promover acima de tudo o bem-estar dessas crianças, pois sabemos o quanto é difícil afastar do núcleo familiar, mesmo que esse enfrente uma situação conflitante, uma criança ou um jovem. Afastamento esse, que visa proteger essa criança. Por isso, é sempre positivo poder debater, trazer exemplos e procurar meios de fazer com esse processo de reintegração familiar ou adoção”, disse Acácia.

“É um trabalho coletivo, ou seja, a sociedade em prol da sociedade, pois a partir do momento que você discute o assunto você sensibiliza toda a sociedade. E assim, podemos promover mudanças no sentido de proteger as nossas crianças, transformando a vida delas seja através da adoção, de casas de acolhimento, de referência familiar”, afirmou a advogada Kátia Lélis, integrante do IBDFAM e da Comissão de Direitos da Mulher da OAB/SE.

Coordenadora de uma instituição que promove a adoção Célia Vieira relata, que ao se tornar mãe através da adoção, se sentiu estimulada a também ajudar famílias dispostas a dar um novo lar a crianças e jovens. “A Acalanto Sergipe surgiu dessa minha experiência, pois a adoção me proporcionou ser mãe da minha filha. E desde setembro do ano passado, essa vontade se concretizou. É uma instituição sem fins lucrativos e que luta para que as crianças tenham o direito assegurado de crescer não em casas de acolhimento, mas sim em lares, com famílias adotivas. Trabalhamos para diminuir o preconceito, e principalmente, preparamos esses futuros pais e mães para que eles recebam da melhor forma possível seus filhos”, ressaltou.