Henri Clay defende polícia comunitária e desmilitarização

Foi divulgado nesta sexta-feira, 28, o 10º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que apresentou dados alarmantes sobre a violência no Brasil e apontou Sergipe como o estado mais violento do país, com 57,3 mortes violentas intencionais a cada grupo de 100 mil pessoas, seguido por Alagoas (50,8 mortes para cada grupo de 100 mil) e o Rio Grande do Norte (48,6). O anuário informa que diariamente, ao menos nove pessoasmorrem em decorrência de intervenção policial. E ao menos um policial é morto, durante o expediente ou fora dele.

Assim que recebeu os dados o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe, Henri Clay Andrade defendeu a desmilitarização imediata da polícia. “A política de segurança pública é tacanha e ineficiente. É preciso desmilitarizar a polícia e priorizar em política de prevenção ao crime. No Brasil, o modelo policial é de formação para a guerra. E essa guerra a sociedade já perdeu. Defendo a desmilitarização da polícia e investimento em uma nova polícia integrada e comunitária, melhor capacitada, com maior efetivo e com dignas condições de desempenho. É preciso mudanças estruturais e mais tecnologia. Só iremos garantir segurança ao nosso povo quando o estado brasileiro mudar radicalmente a sua concepção política e investir pra valer, com seriedade e competência, em inteligência e não em força bruta”, afirmou Henri.

O presidente adianta que tramitam atualmente na Câmara dos Deputados 11 projetos que pretendem alterar o modelo de segurança pública brasileiro. Dez dessas iniciativas são propostas de emenda à Constituição que pretendem desmilitarizar as forças policiais brasileiras, criar uma polícia única ou até transferir a competência pela segurança pública à União.