“Resistiremos à teimosa violação das prerrogativas da advocacia”, afirma presidente da OAB/SE

Em sessão especial alusiva ao Dia da Advocacia, realizada nesta sexta-feira, 10, na Câmara Municipal de Aracaju, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, Inácio Krauss, enfatizou a importância da classe para o Estado Democrático de Direito.

 “Sem a advocacia não há justiça. Nós, advogados e advogadas, somos a voz da sociedade, os defensores dos direitos e liberdades do cidadão”, destacou.

Direcionando seu discurso aos advogados Isadora Brito e Antônio Dias, o presidente relatou as ameaças sofridas pelos profissionais no exercício legal da advocacia e frisou que a OAB/SE não irá tolerar qualquer desrespeito às prerrogativas, garantias que não pertencem à profissão, mas ao próprio cidadão, porque asseguram a defesa intransigente de seus direitos.

“Querem nos calar, mas digo, com toda certeza, que não conseguirão. Não vamos nos acovardar diante da crescente violência. Resistiremos à teimosa violação das prerrogativas da advocacia. Resistiremos aos que insistem em desmoralizar e criminalizar o exercício de nossa profissão”, afirmou Inácio, continuando.

“A OAB/SE tomará medidas drásticas para prevenir e punir tais atentados contra a democracia, porque atacar os advogados e advogadas no exercer do seu mister é um reflexo da falência do Estado. Pois a advocacia livre e independente é sinônimo da saúde dos sistemas jurídicos e democráticos do país”, concluiu Krauss.

De cabeça erguida

Convidado a falar, o advogado Antônio Dias ressaltou que a advocacia não pode abaixar a cabeça para quem tenta intimidar e afrontar a profissão. “Se a advocacia é ofendida no exercício de sua profissão, a população sofre. Se a advocacia é ameaçada, a população morre. É por isso que agradeço a homenagem do presidente da OAB/SE e o apoio que tem sido dado pelos membros da Ordem”.

A advogada Isadora Brito asseverou que um ataque à advocacia fere toda sociedade. “No exercício regular de nossa profissão, um atentado à advocacia não é pessoal – é um ataque à democracia e à uma função que defende o povo. Fui gravemente ofendida e fui ameaçada de morte, um ato realmente muito grave. O respeito às prerrogativas é uma questão de sobrevivência”.