OAB aborda Teoria dos Jogos nas práticas penais através de curso em Aracaju

Valorizando a importância de disseminar conhecimentos dos mais requisitados e de maior capacitação no país, a Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional Sergipe, junto à Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas de Sergipe (ABRACRIM-SE), trouxe para Aracaju o curso “Teoria dos Jogos no Processo Criminal”. Ministrado por Alexandre Moraes da Rosa, as aulas aconteceram nos dias 17 e 18 de agosto, no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE).

Alexandre, autor do livro “Guia do Processo Penal Conforme a Teoria dos Jogos” e doutor em Direito pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), reúne as táticas do ramo das ciências exatas às práticas penais, no intuito de aprimorar as ferramentas na elaboração do processo. Segundo ele, a Teoria dos Jogos é uma vertente matemática que estuda as relações advindas das interações entre regras e informações obtidas para o exercício de funções específicas, estruturando, de formas diversas, a realização de uma leitura formal do jogo.

“A ideia foi trazer [a teoria] para o Direito, especificamente para o Processo Penal, como você pode a partir de juízes, promotores, delegados, advogados e acusados, a depender do status social, das formações de cada um, estabelecer expectativas de comportamento, melhorando seu desempenho e a qualidade”, explica o professor.

Para o presidente da OAB/SE, Inácio Krauss, o curso é um modo de desvendar, junto aos profissionais do Direito Penal, um assunto que traz novas perspectivas para a compreensão do exercício como advogado. “É um tema muito interessante. Uma incógnita para quem não atua na advocacia criminalista, mas o que o professor Alexandre me passou é que a vida é um jogo”, afirma.

Também presente na explanação, o secretário-geral da OAB/SE, Aurélio Belém, relata que esse é um curso bastante concorrido no Brasil, inédito em Sergipe, além de ser um modelo diferente de se enxergar o processo penal, estratégico, através de uma nova opção de capacitação para a advocacia sergipana.

“O professor Alexandre é bastante capacitado e tem uma visão bastante vanguardista. Esperamos que a advocacia sergipana aplauda o curso e que possamos repeti-lo mais vezes”, torce Belém.

A ideia de trazer o curso para o estado surgiu a partir da percepção da inovação do conteúdo nas ministrações em eventos nacionais da ABRACRIM. De acordo com Vitória Alves, presidente regional da associação, foi de suma importância ofertar o módulo em Sergipe para o aprimoramento da advocacia criminal do estado, modernizando o conhecimento de maneira prática.

“O curso é o início de uma das nossas maiores bandeiras, que é trazer a capacitação para o advogado. Esse é um pontapé para trazermos outros cursos, para que a advocacia criminal tenha sua vez na capacitação”, certifica.

Pamela Kreisher, membro da Comissão Brasileira das Advogadas Criminalistas da ABRACRIM, entende o curso como uma chance de estar mais preparada para atuar no dia a dia da advocacia sergipana. “A gente teve uma grande oportunidade e a advocacia deve ficar muito honrada com a OAB e com a ABRACRIM por trazer esse nome que está em um cenário nacional como um dos melhores criminalistas brasileiros”.