Caso Laysa Fortuna: OAB/SE realiza roda de conversa em combate à transfobia

A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, reconhece a urgência e a importância de debater e propagar a conscientização sobre o combate à transfobia, defendendo os direitos e a igualdade entre todo ser humano. Dessa forma, através da Comissão de Diversidade Sexual, será realizada a roda de conversa “Transfobia: Como reagir e quais medidas tomar, com foco no caso Laysa Fortuna”, nesta quarta-feira, 07, às 19h, no auditório da Caixa de Assistência aos advogados de Sergipe.

Para discutir sobre o tema, estarão presentes a ativista transfeminista Linda Brasil, o delegado Mário Leone, a advogada Renata de Oliveira (representante da CasAmor), o psicólogo Thiago Mesquita e membros da comissão organizadora do evento.

A roda de conversa será aberta ao público. As inscrições são gratuitas e poderão ser efetuadas aqui e na hora da execução das palestras. O auditório da CAA/SE se localiza na Travessa Martinho Garcez, n° 71, Centro.

Caso Laysa

Laysa Fortuna, mulher trans de 25 anos, teve a vida ceifada a facadas no centro de Aracaju, no dia 18 de outubro. Sendo atendida no local ainda com vida, faleceu no dia seguinte (19), no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE), dada uma parada cardíaca causada pelos ferimentos e hemorragias.

As testemunhas da violência identificaram o agressor como Alex da Silva Cardoso, que já vinha ameaçando travestis pelo centro. Ao ser registrada na 4ª Delegacia Metropolitana, no Conjunto Augusto Franco, a ação foi tipificada pelo delegado plantonista como lesão corporal de natureza leve. Por liberar o suspeito logo em seguida, a acusação foi denunciada por ativistas LGBTQI+, e, após a movimentação, a delegada Meire Mansuet deu ordem de prisão a Alex, por homicídio.

O Brasil é o país que mais mata transexuais no mundo. O ranking da ONG europeia Transgender Europe (TGEu) se torna ainda mais preocupante quando se sabe que a expectativa de vida para essas pessoas é de 35 anos no país. Compreendendo a necessidade de mudanças incisivas nessa realidade, a OAB/SE se consterna pelo acontecimento e espera informar a sociedade para que infelicidades como essa não se repitam.