Palestra aborda importância de agregar estratégias de marketing, negociação e empreendedorismo à advocacia

Nos últimos anos, o número de advogados e advogadas está crescendo no Brasil. E ao ingressar na carreira, esses profissionais se deparam com clientes cada vez mais informados acerca de seus direitos e exigentes na hora de firmar um contrato advocatício.
 
Atenta a essas transformações do mercado jurídico, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, através da Escola Superior de Advocacia (ESA), promoveu na noite desta quinta-feira, 29, a palestra “Marketing, Negociação e Empreendedorismo”, ministrada por Robert Beserra.
 
Organizado pelo Conselho Estadual da Jovem Advocacia, o evento foi idealizado com intuito de apresentar meios para o desenvolvimento de novas habilidades que possam otimizar resultados na prática do Direito.
 
“A advocacia hoje não é a mesma de dez anos atrás e o nosso objetivo, ao trazer a palestra de Robert para Sergipe, levar aos jovens advogados e advogadas um novo leque de possibilidades que contribuirá para o sucesso profissional”, pontuou a presidente do Conselho, Ercília Garcez.
 
Ao saudar os participantes, o diretor-geral da ESA, Kleidson Nascimento, enfatizou que a Escola Superior atua para contribuir com o aprimoramento jurídico no Estado. “A ESA caminha de mãos dadas com as comissões temáticas da OAB e com o Conselho da Jovem Advocacia para proporcionar a classe o que há de melhor em capacitação”.
 
Uma nova visão da profissão
 
Iniciando sua explanação, o advogado e empresário, Robert Beserra, ressaltou que a graduação não costuma preparar os estudantes de Direito para agir de forma estratégica e desenvolver um potencial empreendedor na advocacia.
 
“Boa parte dos meus colegas de faculdade, que eram considerados ótimos alunos, enfrentaram dificuldades ao ingressar no mercado de trabalho. Isso porque, eles conhecem a Lei Nº 9.099/95, a Constituição Federal e o Novo Código de Processo Civil, mas muitas vezes não sabem como conquistar o primeiro cliente”, considerou Beserra.
 
Segundo Robert, o conhecimento teórico é fundamental e, no caso dos advogados e advogadas, o estudo precisa ser uma atividade constante, mas os profissionais devem ir além e enxergar a carreira na advocacia com uma visão de negócios.
 
“Hoje não há mais espaço para figura do advogado que fica dentro do escritório aguardando o cliente chegar. Para ser um profissional completo é necessário aprender matérias que não foram ensinadas na faculdade, como marketing e finanças”, disse Robert, continuando.
 
“Não basta ser operador do Direito, porque isso todos nós somos desde o momento em que nos tornamos advogados. Temos que ser empreendedores jurídicos, aprender a gerir o nosso escritório, os processos, recursos e clientes. E, somando a isso, traçar técnicas de marketing, firmar parcerias e estar preparado para negociar, porque hoje esse é o diferencial”, concluiu.
                                                                                                     
Além da capital sergipana, receberam a palestra os municípios de Estância e Itabaiana.