Em oficina jurídica, OAB/SE debate uso das legaltechs na mediação de conflitos

Nesta segunda-feira, 06, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, por meio da Comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem, promoveu a oficina jurídica  “Mediação na Era Digital: como utilizar as legaltechs ao seu favor”. O evento abordou a importância de incorporar a tecnologia ao exercício da advocacia, destacando os benefícios da aplicação de ferramentas virtuais na resolução consensual de conflitos.

Com uma abordagem baseada no alcance das plataformas, a advogada e membro da Comissão, Alana Apóstolo, apresentou o conceito de mediação, conciliação e  arbitragem. Em sua fala, ela salientou pontos positivos da mediação, com foco na aplicação do método através de plataformas virtuais.

“Infelizmente temos a cultura do litigio, achamos que só podemos resolver um conflito judicialmente. A mediação é um dos métodos  de solução pacífica dos lides que buscamos incentivar com intuito  de simplificar e conferir  maior celeridade aos processos”, afirmou Alana, complementando.

“Na mediação digital, por exemplo, não há a necessidade do deslocamento. Todo o processo pode ser feito por chat ou transmissão de vídeo. Isso poupa tempo e agiliza os trâmites do processo”, finalizou a advogada.

Em seguida,  a presidente da Comissão de Direito Digital, Inovação e Tecnologia da OAB/SE, reforçou que o litígio é uma grande problemática no Brasil.

“Somos um país com mais de 80 mil processos travados na justiça e uma das soluções encontradas pelos empreendores foi a criação de startups direcionadas a atuação jurídica, as chamadas legaltechs. Elas são tecnologias pensadas para resolver uma das dores da sociedade, que é essa morosidade da justiça”, explicou.

Concluindo, Milla ressaltou que o profissional da advocacia deve repensar sua forma de trabalhar e exercitar o seu poder de negociação. A advogada apresentou ainda a “sem processo”, um modelo de legaltech brasileira.

“O novo Código de Processo Civil incentiva o perfil de negociação e conciliação, provando que esse é o caminho. O que me faz questionar: qual padrão de entrega de valor você quer proporcionar ao seu cliente? O padrão de advogado litígioso ou de melhor negociador? É tempo de refletir sobre a importância da cultura da negociação na advocacia, através de práticas como a mediação”, pontuou.