OAB/SE realiza campanha de arrecadação de alimentos para famílias de internas do Presídio Feminino

Atenta aos reflexos da Covid-19, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, através do Grupo de Trabalho “Mulheres Encarceradas” da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, lança uma campanha de arrecadação de alimentos para familiares de mulheres em situação de prisão do Estado de Sergipe.

Muitas mulheres custodiadas no Presídio Feminino de Sergipe (PREFEM) produzem peças artesanais como bolsas, artigos de decoração e necessaires. Os materiais produzidos são entregues às famílias, através do Setor Social do Presídio. Assim, muitas famílias geram renda através desses itens.

Porém, tendo em vista os reflexos da pandemia, o trâmite de entrada e saída de material de artesanato foi alterado, trazendo prejuízo para as famílias que são auxiliadas financeiramente pelo venda dessas peças. Dessa maneira, a campanha da Comissão da OAB/SE visa arrecadar alimentos não-perecíveis para formar e entregar cestas básicas a essas famílias.

De acordo com a coordenadora do Grupo de Trabalho “Mulheres Encarceradas” da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, Carla Danielly dos Anjos Pereira, diante da atual situação a qual estamos passando, a ajuda que proporcionávamos, torna-se ainda mais imprescindível para as Mulheres em situação de Cárcere. “A arrecadação é ainda mais especial, pois está direcionada às famílias das internas que que produzem peças artesanais custodiadas no PREFEM. Habitualmente, essas mulheres produzem materiais e repassam às suas famílias e essas revendem para o próprio sustento e no momento atual, não estão conseguindo realizar as vendas, ou seja, as famílias estão desamparadas e contam com nossa ajuda”, ressalta.

Carla Danielly revela ainda que as mulheres são duplamente penalizadas. “Além da pena que cumprem, são estigmatizadas pela sociedade e é importante frisar que a maior porcentagem de mulheres em situação de prisão está ligada ao tráfico de drogas, seja para ajudar o companheiro, um irmão, um filho. Então, não vamos julgá-las, vamos ajudá-las”, enfatiza.