OAB/SE participa das negociações da rebelião que teve desfecho pacifico no COMPAJAF

Nessa terça-feira, 11, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), por meio da Comissão de Direitos Humanos, participou ativamente das negociações para o encerramento da rebelião que teve início pela manhã, no Complexo Penitenciário Antônio Jacinto Filho (Compajaf), localizado no Bairro Santa Maria, em Aracaju.

A rebelião iniciou às 8h30 e só terminou por volta das 22h, com a liberação dos reféns. A ação foi desencadeada por seis internos que fizeram cinco pessoas reféns. Eles reivindicavam a transferência para outro presídio por ausência de convívio e insegurança na unidade prisional.

De acordo com o presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, José Robson Santos de Barros, a Comissão foi acionada nos primeiro minutos da rebelião. Segundo ele, o cenário era tenso e o diálogo com os detentos muito difícil.

“O papel da Comissão de Direitos Humanos ao chegar ao local da rebelião, foi acalmar os ânimos, facilitar o diálogo para liberação dos reféns e um fim pacífico, garantindo assim a integridade de todos envolvidos ”, disse.

Ele revelou que o diálogo foi aberto e durante mais de 12 horas de negociação, com a atuação conjunta, coordenada pela SEJUC e atuação do DESIPE, Polícia Militar, COE, Corpo de Bombeiros, SAMU, Ministério Público do Estado de Sergipe e Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe. “Foram atores fundamentais para o desfecho pacifico”, salientou.

A vice-presidenta da CDH, Pamela Salmeron, disse que para resguardar os direitos fundamentais à vida e à integridade física de todos que estavam ali presentes, principalmente dos reféns, todo diálogo e a presença da comissão foram fundamentais para garantir que tudo se resolveria de forma pacífica.

 

O coordenador do Núcleo de Políticas Carcerárias, Wilson Vasconcelos, afirmou que a CDH acompanha toda situação do sistema carcerário sergipano, sempre pautando a atuação na garantia dos direitos fundamentais de todas as pessoas que integram o sistema prisional.

Toda a ação, coordenada pela SEJUC, e com participação ativa da CDH e dos demais órgãos envolvidos permitiu que a rebelião fosse controlada ainda na noite de ontem, quando os reféns foram liberados.