Eleições 2020: Candidatos à Prefeitura de Aracaju falam das propostas de governo durante segundo dia de sabatina

A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, juntamente com a Comissão de Direito Eleitoral, realizou nessa quarta-feira, 4, o segundo dia da sabatina com os candidatos à Prefeitura de Aracaju. O evento, que segue até esta quinta-feira, 5, contou com a presença do presidente da OAB/SE, Inácio Krauss, da presidente em exercício da Comissão de Controle dos Gastos Públicos e Combate à Corrupção, Raquel Marques Tavares de Mendonça, do presidente da Comissão de Direito Eleitoral, Jefferson Feitoza de Carvalho Filho, da presidente da Comissão de Direito Animal, Daniele dos Santos Ferreira, e a integrante da Comissão de Direito Eleitoral, Ana Maria Menezes.
O presidente Inácio Krauss fez a abertura do segundo dia do evento e explicou as regras da sabatina, ao informar que cada candidato teve uma hora, sendo que os 15 minutos iniciais foram utilizados para o candidato fazer a sua apresentação, a apresentação do plano de governo e as considerações iniciais. Além disso, eles tiveram 40 minutos para responder as perguntas sorteadas e enviadas pelas comissões temáticas da OAB/SE, e os últimos cinco minutos foram utilizados para o candidato fazer as considerações finais.
Os candidatos que participaram da sabatina dessa quarta-feira foram Almeida Lima, PRTB, (14h); Danielle Garcia, Cidadania, (15h); e Gilvani Santos, PSTU, (16h).
Almeida Lima
O candidato Almeida Lima, PRTB, agradeceu e homenageou a OAB/SE pela iniciativa da Sabatina. “É uma alegria integrar este colegiado de advogados e me fazer aqui presente enquanto candidato a prefeito de Aracaju, tendo a oportunidade que muitos nos negaram que é a da apresentação da nossa proposta de Governo para Aracaju, inclusive diante da discriminação que o legislador brasileiro estabeleceu aqueles considerados partidos pequenos não lhes assegurando sequer 30 segundos na Propaganda Eleitoral do Rádio e da Televisão e aqui quero deixar registrado esse meu protesto”, afirmou.
“Tenho a pretensão de voltar a Prefeitura de Aracaju depois de pouco mais de 20 anos, pois estive presente em 95, 95 e 96 e naquele momento fizemos uma administração, sem falsa modéstia, exemplar. Tive ao final da gestão todas as contas aprovadas e nenhuma reprimenda sequer de qualquer órgão de fiscalização”, revelou.
Sobre o programa de Governo, Almeida Lima disse que está lastreado por segmentos da administração pública, da demanda pública de Aracaju. “Temos um grandioso projeto que é a revitalização do Centro de Aracaju, com a transformação dos três calçadões em ruas cobertas e semicobertas como se vê nas principais cidades da Europa e em algumas do Brasil”, disse.
Outro projeto citado pelo candidato foi a construção de 10 mil vagas de estacionamento no Centro da capital. Ele citou ainda a abertura de avenidas e a transformação do Parque da Sementeira numa espécie de Central Parque de Aracaju, com avenidas nos seus quatro lados e o plantio de centenas de árvores da Mata Atlântica.
Almeida Lima disse que pretende também fazer o desassoreamento, despoluição e aprofundamento da calha da Bacia do Rio Poxim. “Transformando toda essa bacia navegável”, ressaltou.
O candidato respondeu a perguntas sorteadas sobre Covid-19, Guarda Municipal, responsabilidade fiscal e equilíbrio do gasto público, criação do Conselho Municipal dos Direitos dos Animais e do Fundo Municipal dos Direitos dos Animais, obras estruturantes, proteção aos idosos vulneráveis moradores de rua e as pessoas moradoras de rua, e atendimentos multidisciplinares para crianças e adolescentes com necessidades especiais.
Danielle Garcia
A candidata Danielle Garcia, Cidadania, iniciou a sua fala fazendo um breve relato sobre a sua vida profissional. “Sou delegada de Polícia há 19 anos, formada em Direito, com mestrado em Direito Público, especialização em Gestão Estratégica em Segurança Pública, Curso de Inteligência Estratégica na Escola Superior de Guerra, e durante os últimos 12 anos fui instrutora no Ministério da Justiça nos cursos de capacitação de Combate à lavagem de dinheiro”, relatou.
A candidata afirmou que foi no ano de 2019 que teve a certeza de que as pessoas de bem devem participar da política. “A gente não pode ter os mesmos políticos a vida inteira, essa renovação é salutar e acho que preencho os requisitos para ocupar esse cargo. A atuação policial tem muito de gestão, a gente monta equipes e estabelece metas”, revelou.
Sobre o plano de governo, Danielle revelou que foi gestado em conjunto com toda a equipe. “A gente imaginou no nosso plano de governo uma Prefeitura mais enxuta. Nós temos hoje 13 secretarias e a gente reduziria para nove. O mais interessante no plano são os Comitês Estratégicos, a gente imaginou a existência de quatro Comitês Estratégicos: Dignidade, Cidade, Gestão e Desenvolvimento Econômico, que trabalhariam integrados com as secretarias”, afirmou. Além disso, a candidata falou que tem planos específicos para saúde, educação, mobilidade urbana e desenvolvimento econômico.
A candidata respondeu perguntas sorteadas sobre política de Defesa do Consumidor e fortalecimento do Procon, orientação sobre educação sexual e reprodutiva, ampliação e qualificação do acesso aos serviços nas Unidades Básicas de Saúde, autonomia das mulheres e contribuição da inserção da mulher na política, Previdência Complementar para servidores públicos, proposta para o funcionamento dos Centros de Reabilitação, proposta para as pessoas com deficiência na área da educação, educação animalista para escolas do município de Aracaju, políticas públicas que garantam oferecimento efetivo de serviços públicos na periferia da cidade, gastos públicos e combate à corrupção.
Gilvani Santos
A candidata Gilvani Santos, PSTU, falou da satisfação em participar da sabatina promovida pela OAB, por ser uma oportunidade de apresentar as suas propostas. Segundo Gilvani, a sua candidatura é uma alternativa socialista para Aracaju, para os trabalhadores e o povo mais pobre.“Nós estamos apresentando uma candidatura alternativa socialista, construída forjada dentro das lutas da classe trabalhadora”, ressaltou.
A candidata Gilvani Santos disse que está participando de um processo eleitoral dentro de uma conjuntura caótica, onde não há mais possibilidades de se estar apresentando propostas de manutenção da lógica existente, que é lógica da manutenção do capitalismo, da manutenção da corrupção, de colocar os serviços públicos nas mãos da iniciativa privada, transformando os serviços públicos numa mercadoria.
“Nessa outra lógica que viemos apresentar uma alternativa socialista onde o governo precisa ser governado com a participação direta da população e da classe trabalhadora. Uma participação através do Conselhos populares eleitos democraticamente pela população. O Conselho Popular do Transporte, fortalecimento do Conselho da Educação e da Saúde”, disse.
A candidata respondeu perguntas sorteadas sobre projeto de inclusão de conhecimento sobre os Direitos Humanos no ensino básico, proposta para a saúde do público LGBTQIA+, políticas públicas para o oferecimento efetivo de serviços públicos na periferia da cidade, advocacia pública, propostas para o desestímulo ao uso de carroças e alternativas para os trabalhadores que dependem delas, e projeto de tecnologias assistidas voltadas para educação de estudantes com deficiência.