OAB/SE discute com MP, Vigilância Sanitária e Conselho Municipal sobre situação no Asilo Rio Branco

A Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa Idosa da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, ficou ciente nesta sexta-feira, 12, da situação atual do Asilo Rio Branco. A OAB buscou subsídios sobre o falecimento de duas idosas assistidas pelo asilo – noticiadas como vítimas de Covid-19.

A Comissão se reuniu, de maneira virtual, com representantes do Ministério Público do Estado, do Conselho Municipal de Defesa dos Direitos do Idoso, da Vigilância Sanitária, da Vigilância Epidemiológica e do Asilo Rio Branco para informar-se acerca da conjuntura atual da instituição.

Nesta semana, o MP/SE foi informado sobre o falecimento de duas idosas assistidas pelo asilo. Foi noticiada a Covid-19 como causa. O MP entrou em contato com o asilo e a instituição social informou que a equipe da Secretaria Municipal de Saúde estava ciente, indo todos os dias ao asilo.

“Marcamos essa reunião porque temos grande preocupação com os idosos. Foi noticiado que haviam infectados no asilo, além de ter ocorrido dois óbitos”, contou a presidente da Comissão, Lenieverson Santana. “O nosso intuito hoje é de ouvir os órgãos envolvidos e a própria instituição”.

O advogado voluntário do asilo, Durval Carvalho, afirmou que, em verdade, os números não são alarmantes. “Em 2020 não tivemos nenhum óbito e nenhum caso de Covid. Hoje, os idosos que estão em regime hospitalar não têm sintomas do coronavirus. Foram hospitalizados por outras causas”.

Durval pontuou que o asilo está cumprindo as regras para prevenção da doença e contam com a frequente fiscalização da vigilância sanitária. Liliane Trindrade, representante da Vigilância, confirmou a informação, ponderando que o asilo está tomando todos os cuidados necessário.

Taíse Calvacante, representante da Vigilância Epidemiológica de Aracaju, informou que o órgão está acompanhando e monitorando a situação. “Desde o começo estamos monitorando. Estamos investigando os óbitos com o objetivo de confirmar ou descartar a relação com a Covid-19”.

Na ocasião, a presidente da Comissão, Lenieverson Santana, indagou ainda sobre a vacinação dos idosos e servidores. “Os idosos tem prioridade absoluta, mas sabemos a necessidade de servidores e cuidadores também serem vacinados. Queríamos saber como o asilo está em relação a isso”.

O presidente do asilo, Orlando Carvalho, informou que todos os idosos já foram vacinados com a primeira e a segunda doses da Coronavac. Segundo Orlando, apenas ele, a assistente social e outro servidor não foram imunizados, mas estão aguardando as doses (que já foram solicitadas).

“O asilo enviou a relação de todos os idosos e servidores, mas ficaram faltando essas três vacinas. Já solicitamos várias vezes e estamos aguardando”, disse. Orlando falou ainda sobre o modo como a situação está sendo noticiada. “Ficamos tristes porque o asilo não é epicentro de Covid”.

“Noticiar que somos o epicentro de coronavirus deixa os idosos que vivem aqui mais debilitados. Eles veem na tv e escutam na rádio sobre esse caso e ficam preocupados. É triste, pois aqui vivem muitas pessoas debilitadas, que não tem condições de ouvir notícias como esta”, desabafou.

A OAB/SE, conjuntamente com o Ministério Público e a Vigilância Sanitária, continuarão monitorando a situação no asilo.