Painel 4 da Conferência Estadual da Mulher Advogada aborda o tema Novas Gerações da Advocacia e o Olhar para as Mudanças do Século XXI

Nesta quarta-feira, 24, às 19h, será realizado o Painel 4 da Conferência Estadual da Mulher Advogada. O tema em discussão vai ser Novas Gerações da Advocacia e o Olhar para as Mudanças do Século XXI, a Luz dos Princípios da Dignidade da Pessoa Humana e da Igualdade.

A moderação do painel será feita pelo diretor-tesoureiro da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), David Garcez. Também participa da discussão do tema como organizadora, a vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), Bruna Menezes Carmo.

Serão palestrantes do evento a presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem do CFOAB e presidente da Comissão OAB Jovem do RJ, Amanda Magalhães; o presidente do Conselho Estadual da Jovem Advocacia da OAB/SE, Carlos Eduardo Pereira Siqueira, e a vice-presidente do Conselho Estadual da Jovem Advocacia da OAB/SE, Bárbara Toledo.

Tema pujante

De acordo com o diretor-tesoureiro, David Garcez, é uma grande honra poder participar da Conferência Estadual da Mulher Advogada em um painel tão qualificado e com um tema tão pujante como as Novas Gerações da Advocacia e o Olhar para as Mudanças do Século XXI, a Luz dos Princípios da Dignidade da Pessoa Humana e da Igualdade.

Segundo David Garcez, as mulheres têm ganhado mais espaço e se adaptado melhor as mudanças. “Peço que todos acompanhem porque será um grande painel e é uma satisfação para mim poder participar”, afirma.

A organizadora do painel e vice-presidente da CDDM, Bruna Menezes, disse que o Painel 4 é de altíssima relevância para a realidade atual da profissão, especialmente para a advocacia contemporânea e para a jovem advocacia que tem encontrado dificuldades para se estabelecer na profissão.

“A banalização da profissão e a subprecificação dos honorários advocatícios devido ao grande contingente de profissionais no mercado de trabalho cria um cenário de insegurança e de dificuldade econômica para esses profissionais hoje, o que faz com que haja um desencorajamento em seguir na profissão. Esse tema precisa ser debatido, precisa ser analisado para que possamos evoluir e ultrapassar todos os desafios e dificuldades aqui postas nesses novos tempos da advocacia”, salienta.

Mulheres são maioria

A presidente da Comissão Nacional da Advocacia Jovem do CFOAB e presidente da Comissão OAB Jovem do RJ, Amanda Magalhães, ressalta que o painel reflete com precisão a razão de existir desta e das demais conferências da mulher advogada.

“Consiste no reconhecimento de que a advocacia é mutável e que nós mulheres somos reflexos deste processo e, consequentemente, representamos a maioria. As novas gerações da advocacia são e serão formadas por uma maioria de mulheres e jovens e é em eventos como a Conferência Estadual da Mulher Advogada da Seccional do Sergipe que podemos romper com a limitação dos espaços e das falas. Como mulher advogada e líder da Jovem Advocacia do Estado do Rio de Janeiro e Nacional agradeço demais pelo espaço”, afirma.

O presidente do Conselho Estadual da Jovem Advocacia da OAB/SE, Carlos Eduardo Pereira Siqueira, disse ser inegável o fato de que vivemos um momento de profundas transformações. Segundo ele, já há alguns anos a advocacia vem se transformando, tendo suas características modificadas profundamente, impactada tanto pela tecnologia como pelo maior ritmo de inclusão de novos e novas advogadas no mercado.

Transformações

“O próprio Direito tem sofrido grandes transformações, exigindo uma série de novas habilidades, o Judiciário também tem tratado dos processos de uma maneira muito diferenciada, a atuação administrativa perante entidades públicas e até mesmo a necessidade de atuação em um ambiente privado tem sido alterada, fazendo com que a advocacia de fato seja uma nova advocacia”, ressalta.

Conforme Carlos Eduardo, há um novo cenário, um cenário de bastante alteração do estado de coisas anteriormente visto. “É urgente que se discuta as mudanças do Século XXI impactando na advocacia e que se torna uma profissão muito desafiadora. Temos uma profissão que nos desafia cotidianamente, que traz problemas cada vez mais complexos e que nos impõe o enfrentamento de dilemas humanos, de dilemas sociais, de conflitos de diferentes níveis e por isso estamos num painel bastante rico para discutir a luz da dignidade humana bem como da igualdade de que forma tudo isso tem acontecido, tentando refletir junto com os colegas e as colegas e de alguma maneira apontar as perspectivas para um futuro ainda mais desafiador”, enfatiza.

A vice-presidente do Conselho Estadual da Jovem Advocacia da OAB/SE, Bárbara Toledo, revelou que a Conferência é um espaço importante e democrático. Em relação ao tema ela disse que ser mulher e advogada já é um desafio, mas ser mulher advogada e jovem é maior ainda, principalmente nesse tempo de pandemia onde pode ser visto toda a advocacia mudar.

“A advocacia está reaprendendo a se estruturar nessa conquista por clientes, reuniões virtuais, audiências, todo um processo mais informatizado onde a gente vê que o jovem advogado tem dificuldade de entrar no mercado de trabalho, de achar um nicho e com essa mudança, principalmente agora com a pandemia as dificuldades ficaram maiores ainda. É preciso uma união da nossa classe, é preciso estrutura”, comenta.

Bárbara Toledo enfatiza ainda que a Conferência serve para os jovens advogados trazerem os desafios que estão passando e tentar ajudar um ao outro, achar novas soluções. “A advocacia mudou, têm vários nichos que deixaram de existir, outros que estão se solidificando e é preciso a gente estar se atualizando sempre”, pontua.