O segundo dia da II Conferência Estadual da Mulher Advogada, promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, nos dias 24 e 25, será marcado pela realização de uma roda de conversa que reunirá 10 mulheres para debater os principais assuntos relativos ao gênero.
O espaço de diálogo contará com a moderação de Bruna Menezes e terá a participação de Ana Lúcia Aguiar, Acácia Lelis, Fernanda Barreto, Maria Carvalho, Monalisa Dijean, Susan Manuela Cruz, Izadora Brito, Silvana Farias, Kátia Lelis e Vanessa Porto.
“Para mim é uma honra fazer a mediação de mais uma roda de conversa composta por colegas aguerridas e militantes na da advocacia. Dessa vez, na II Conferência da Mulher Advogada da OAB/SE, sob o tema ‘desafios da advocacia na vivência da mulher advogada’, conta Bruna.
“Serão discutidos vários temas na roda de conversa: competência e aparência; discriminação; maternidade; sexismo e seus arquétipos; empreendedorismo feminino na advocacia. É uma roda muito interessante onde serão pincelados desafios no exercício da profissão”, completa.
Partilha
A vice-presidente da OAB/SE, Ana Lúcia Aguiar, avalia que a Conferência se trata de um espaço vital para partilha de experiências e reflexões. “Embora de forma virtual, poderemos refletir e compartilhar vivências, principalmente no momento sombrio que estamos vivenciando”.
“A pandemia acarretou diversos obstáculos, sobretudo para nós, enquanto mulheres, esposas, mães, netas, filhas e advogadas. Por isso urge a necessidade de compartilhar nossos anseios, desafios, conhecimentos, experiências e realidades. A Conferência é coletividade”, abaliza.
“Esse evento traz a ideia de união, abordando pautas importantes que, com certeza, cada uma de nós, mulheres, irá se identificar. Na roda de conversa, falarei de um tema que idealizei (os desafios da advocacia na vivência da mulher advogada) e será objeto de grande diálogo”.
Segundo Ana Lúcia, o objetivo é refletir sobre quais são os empecilhos ao exercício profissional da mulher advogada, os louros que a advocacia feminina colhe e as barreiras que precisam ser enfrentadas. “É discutir sobre nosso dia a dia que nos inspira a alcançar os nossos objetivos”.
Ser mulher advogada
Fernanda Barreto, conselheira estadual da OAB/BA, afirma que debater sobre a vivência de ser mulher advogada é imprescindível. “Ser uma profissional do Direito não é algo simples. Temos um sistema que precisa de muitos aprimoramentos e melhoras para ser minimamente eficaz”.
“Ser mulher na advocacia possui seus desafios próprios e a roda de conversa dará espaço para debater com mulheres muito interessantes sobre as muitas facetas do ser mulher advogada. A Conferência é um evento completo e denso, que vai além das fronteiras do mês da mulher”.
Interação e fortalecimento
Na avaliação de Vanessa Porto, integrante da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, a Conferência é importante porque oportuniza a interação entre advogadas que apresentarão diversas realidades, contribuindo para o fortalecimento da advocacia feminina.
“Serão abordados assuntos relevantes para a classe feminina, sobretudo no momento atual de pandemia, que nos deixou mais vulneráveis. Muitas advogadas são mães ou donas de casas e estão sobrecarregadas aprendendo a lidar com tudo isso. É uma Conferência diferenciada”.
“Na roda de conversa debateremos de igual para igual, além de conhecermos a realidade das outras mulheres. Serão discutidos assuntos atuais e importantes como a advogada vítima de violência, a maternidade, a aparência, etc. Será uma coisa engrandecedora e necessária”, diz.
Diálogo para garantir igualdade
Para Izadora Brito, conselheira seccional da OAB/SE, eventos como a Conferência são passos para uma caminhada em busca da construção de espaços cada vez mais plural e livre de opressões. Segundo a participante, são imprescindíveis para a garantia da equidade de gênero.
“A advocacia e o judiciário ainda são espaços que carregam muitos ritos que excluem ou dificultam a permanência feminina e isso precisa ser debatido frequentemente para que possamos garantir igualdade, respeito e avanços no exercício profissional feminino”, afirma.
Debate de temas importantes
A vice-presidente da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE), Susan Manuela Cruz, afirma que a II Conferência da Mulher Advogada tratará de temas importantíssimos, além de debates engrandecedores, elucidativos, didáticos e que são vivenciados pelas mulheres advogadas.
“Abordarei uma temática que julgo importante para o momento atual, que são os Desafios da Mulher Mãe Advogada. Há como conciliar? Acompanhe a Roda de Conversa pelo canal do YouTube da OAB/SE e venha debater com a gente”, convida.
A presidente da Comissão da Infância, Adolescência e Juventude, Acácia Gardênia Santos Lelis, também ressaltou a importância da Conferência Estadual da Mulher Advogada. Segundo ela, ao promover o debate democrático acerca das questões que envolvem a atuação da mulher na advocacia em suas interseccionalidades, a Conferência possibilita encontrar possíveis soluções.
“Minha expectativa é que ocorra um grande encontro da advocacia sergipana, advogados e advogadas, em prol de um só interesse: a promoção da equidade no exercício da advocacia”, pontua.
Difusão de conhecimento
A membro da Comissão de Direito Penal e membro da Comissão da Criança e do Adolescente da OAB/PE, Maria Carvalho, destaca que a importância do Conferência é a difusão do conhecimento com a perspectiva de trazer experiências da mulher advogada e debater temas de relevância como suas prerrogativas, a participação no sistema OAB, o feminismo negro, a maternidade, entre outros assuntos pela voz de grandes mulheres do cenário jurídico nacional.
A vice-diretora da Escola Superior de Advocacia da OAB/SE, Silvana Farias Cruz, disse que a II Conferência Estadual da Mulher Advogada é de extrema importância para o Estado de Sergipe e para a advocacia sergipana.
“A Conferência vai abordar várias temáticas interessantes, modernas, atuais e necessárias para a mulher advogada e contará com participações grandiosas da advocacia. O evento abrangerá diversos temas como empreendedorismo jurídico, o papel da advogada no sistema OAB, a vivência da mulher advogada no dia a dia, enfim uma gama de temas em que nós mulheres advogadas passamos ou passaremos em alguma etapa da nossa carreira”, ressalta.
Sobre a Conferência
Promovida nos dias 24 e 25, a Conferência tem o intuito de debater sobre a atuação da mulher na advocacia: os desafios, dificuldades, avanços e permanências. O evento contará com oito painéis e uma roda de conversa. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas neste link.
