OAB/SE participa de Congresso Digital das Mulheres Advogadas

A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, participou do Congresso Digital das Mulheres Advogadas, promovido nos dias 30 e 31 de março pelo Conselho Federal da OAB. Representaram a advocacia sergipana, Ana Lucia Aguiar, Adélia Pessoa e Glícia Salmeron.

No dia 30, a vice-presidente da OAB/SE, Ana Lúcia Aguiar, foi responsável por presidir a mesa do painel 3, que abordou os impactos da pandemia na advocacia. Foram palestrantes Ana Carolina Querino, Luiz Viana Queiroz, Alessandra Camarano e Solange Aparecida da Silva.

“É uma honra imensa estar presidindo essa mesa, que traz palestrantes tão preparados. Esse é um tema muito caro, pois estamos enfrentando todas as dificuldades e receios trazidos pela pandemia. Todos estão sendo afetados, sobretudo a advocacia”, afirmou Ana Lúcia Aguiar.

Em seguida, a conselheira federal da OAB/SE e presidente da Comissão Nacional de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, Glícia Salmeron, foi palestrante no painel 4, ao lado de Grace Anny Benayon, Rafael Canterji, Eunice Brasiliense, Eclair S. Nantes e Francene D’Aguiar.

Em sua palestra, Glícia Salmeron falou sobre direito de defesa e prioridade absoluta de criança e adolescente. Ela fez um recorte sobre as vítimas de violência sexual. “Em 2018, tivemos mais de 32 mil casos de meninas violentadas. De 2011, a 2017, foram mais de 184 mil notificações”.

Glícia afirmou que a sociedade está passando por um momento de transformação, no qual não se pode desatrelar da luta em defesa dos direitos dos grupos vulneráveis. “Tivemos processos no CFOAB que pudemos compreender o que de fato é idoneidade moral dentro de violências”.

No dia 31, a conselheira federal e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, Adélia Pessoa, foi palestrante no painel 8, sob o tema direito de família. Participaram também Izabel Braga, Maria Berenice Dias, Maria Santiago, Marisa Gaudio e Flávia Monteiro.

Adélia ministrou palestra sobre a violência doméstica invisibilizada em litígios de família. Ela propôs uma reflexão sobre a construção da conjugalidade. “Se ela foi construída como projeto cercado de expectativas, como suportar a falência de um sonho que juntou duas pessoas”.

“O que ocorre quando os restos do amor chegam à justiça?”, indagou. Em sua explanação, Adélia deu enfoque à violência patrimonial, que, segundo ela, envolve a violência psicológica. “Enfrentamos no dia a dia a invisibilidade da violência subjacente nas causas de família”, disse.