Comissão de Direito Animal da OAB/SE visita Cetas e Cras para investigar denúncia de maus-tratos aos animais

A Comissão de Direito Animal da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), juntamente com o médico veterinário Marcos Figueiredo Ramos, visitou no último sábado, 29, o Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) e o Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) para investigar uma denúncia que foi protocolada na OAB sobre irregularidades quanto a estrutura desses locais, bem como de situações que ensejam maus-tratos aos animais.

Durante a visita, foi inspecionado detalhadamente todo o ambiente e constatada a gravidade do caso. De acordo com a presidente da Comissão de Direito Animal, Danielle dos Santos Ferreira, foram encontrados animais de várias espécies acondicionados em gaiolas e jaulas velhas e deterioradas, ambiente sujo e fétido comprometendo a saúde dos animais e das pessoas que lá trabalham, além de medicação vencida, seringas reutilizadas e ausência de prontuários sobre a evolução do quadro médico dos animais.

“Cumpre destacar, que a visita começou às 8h30 e até por volta das 10h30 a alimentação dos animais ainda não estava pronta, pois somente tinha uma funcionária para fazer. Os recintos não possuíam até aquele horário água e comida para os animais”, relatou a presidente da Comissão.

Daniele Ferreira ressaltou ainda que a comissão foi recebida por veterinários que trabalham no local e pelo presidente da Administração Estadual do Meio Ambiente de Sergipe (Adema), Gilvan Dias, órgão do Estado que atualmente administra o local.

A presidente da Comissão revelou que segundo o presidente da Adema, Gilvan Dias, existe um projeto que prevê a construção de um novo espaço para os animais, que contará com um ambulatório médico.

Daniele Ferreira afirmou que diante da gravidade do quadro encontrado, a Comissão vai oficiar a Adema para obter cópia desse projeto e também a documentação relativa a todos os animais que estão lá. “O que encontramos foi muito grave configurando maus-tratos. Um relatório será elaborado e encaminhado para nosso Conselho Seccional decidir pela medida jurídica a ser tomada”, enfatizou.

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