Mês da advocacia: oficina jurídica aborda mediação nas empresas e na administração pública

A Ordem dos Advogados do Brasil, por intermédio da Comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem e em parceria com Escola Superior de Advocacia de Sergipe, promoveu, nesta quarta-feira, 04, uma oficina jurídica sobre mediação nas empresas e na administração pública.

O bate-papo com os advogados e especialistas Adolfo Braga Neto e Ana Luiza Isoldi abordou temas como diversidade em sistemas justapostos, dinamismo de órgãos, etc. O encontro virtual fez parte da programação alusiva ao Dia da Advocacia, comemorado em 11 de agosto.

A responsável por realizar a abertura do evento foi a integrante da Comissão, Emanuela Lima Mendonça Barreto, que apresentou e enalteceu os currículos dos dois expositores. O diretor-geral da ESA, Kleidson Nascimento, também proferiu mensagem de boas-vindas na ocasião.

“O mês da advocacia na OAB/SE está com uma programação vasta, rica e salutar. A mediação nas empresas e na administração pública é um assunto muito caro à classe e hoje temos dois professores de experiência que poderão trocar seus pontos de vista a respeito do tema”, disse.

A mediadora da oficina foi Patrícia França, presidente da Comissão. “Hoje temos dois ícones da mediação no Brasil, duas referências e dois nomes de pesos – que temos a honra de receber. Essa é a 28ª edição da oficina jurídica da CMCA e tê-los aqui nos deixa muito felizes”, abalizou.

Ana Luiza iniciou sua explanação traçando aspectos sobre diversidade e complementariedade em sistemas justapostos, que, em movimento, visam oferecer alguma coisa para o mundo. “A minha visão de empresa é essa; e tudo que tem relacionamento possui potencial de conflito”.

“O objetivo das empresas é a riqueza, que muitas vezes é representada pelo estado financeiro, responsável por alimentar e melhorar condições de vida de famílias. Então como atingir esse intuito, manter relacionamentos equilibrados e organizar as esferas desses órgãos?”, indagou.

A palestrante defendeu a importância da mediação, considerando a complexidade de todas as questões que envolvem as estruturas de empresas. “A primeira coisa que devemos fazer é olhar para os conflitos que ocorrem dentro da empresa e os que acontecem fora”, disse.

Em seguida, Adolfo Braga Neto falou sobre a mediação na administração pública, pontuando, inicialmente, a necessidade de o advogado conhecer a prática extrajudicial. “A gente vê atualmente o desdobramento da mediação em várias áreas e é importante conhece-las”.

“Ao se falar na administração pública há uma complexidade imensa porque estamos falando de três níveis: federal, estadual e municipal, mas que se dividem em empresas públicas, de economia mista, etc, com múltiplas atuações e aí como se dá a mediação nesse contexto?”.

O ministrante afirmou que é preciso cuidado ao tratar do assunto, pois além da complexidade há limitações. “A lei fala que a mediação pode tratar o conflito como um todo ou parte dele e pode não resultar em solução. Então falamos de um componente cuja flexibilidade é grande”.

Para assistir ao evento todo, acesse: https://www.youtube.com/watch?v=fnIt8ZH2dXc