“Nós, advogados, temos a responsabilidade social de reagir à afronta à cidadania e à Constituição“, defende presidente da OAB/SE

Durante mais uma solenidade de compromisso de novos advogados do Estado, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, Henri Clay Andrade, defendeu nesta quinta-feira, 1, a interdição do arbítrio e a concreção dos direitos fundamentais do ser humano. Para ele, a advocacia tem a responsabilidade social de reagir à atual quadra histórica do Brasil.

“Vivemos em um momento de muitas mudanças em nosso país, rápidas e profundas. Diante de um contexto de uma democracia incipiente, nós, advogados, somos a voz da cidadania e não podemos ficar calados diante do abuso de poder, que afronta a cidadania, a sociedade e a Constituição Federal. Nós, advogados, temos a responsabilidade social de reagir”, asseverou.

Em sua fala, o presidente da OAB/SE reforçou ainda o compromisso da entidade com a defesa intransigente das prerrogativas da advocacia, com a preservação da ordem democrática e com a valorização da classe. “Defenderemos até a última instância as prerrogativas da advocacia porque quando priorizamos essa bandeira, priorizamos uma causa do povo brasileiro”, disse.

Em seu discurso, o orador da turma, Sérgio Mendonça Fontes Júnior, reconheceu a responsabilidade dos advogados que compõem a instituição-guardiã da ordem democrática. “Agora fazemos parte da entidade de classe mais respeitada do país. A Ordem é composta por cada um de nós. Cabe a nós zelar pela justiça, pela liberdade e pelo respeito da instituição”.

Para ele, a advocacia é um sacerdócio, que tem o propósito maior de buscar a paz social. ”A partir de hoje, exerceremos a honrosa e a única profissão citada na Constituição Federal. Tornando-nos advogados, somos especiais porque conseguimos mudar as vidas das pessoas”.

Responsável por proferir a mensagem de boas-vindas aos 115 novos profissionais do Estado, o advogado, Alvino Filho, reafirmou a indispensabilidade do advogado à administração da justiça e à atual realidade do mundo. “Estamos em uma crise ímpar. A advocacia não é uma ilha nesse contexto social. Os sentimentos de justiça e solidariedade devem ser permanentes em nós”.