Oficinas disseminam conhecimentos interdisciplinares e aprimoram participantes para exercício da profissão

Em mais uma oficina gratuita, a Comissão de Mediação, Conciliação e Arbitragem da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, colocou em debate nesta segunda-feira, 03, a mediação familiar nos casos de interferência na formação psicológica da criança ou do adolescente. Para o curso, a mesa contou com a presença da advogada e integrante da Comissão, Aline Marques.

Para a advogada e membro da Comissão, Edjaney Cristina Santos Barreto, as oficinas são vitais para a disseminação dos conhecimentos interdisciplinares e para o aprimoramento jurídico dos participantes. “A mediação é uma junção de várias ciências, com conceitos técnicos de diversas áreas e as oficinas são de grande valia porque adquirimos conhecimentos diversos”.

Durante a abertura do curso, o vice-presidente da OAB/SE, Inácio Krauss, ratificou a missão da Ordem com a efetivação da mediação e conciliação na OAB e enfatizou a atuação da Comissão para difusão da cultura de paz. “A Comissão está sendo bem vista, trazendo mensalmente temas tão importantes e que fazem com que muitos conflitos não cheguem ao Judiciário”.

Em sua fala, Aline fez a definição da alienação parental e afirmou o papel da mediação como um instrumento eficaz e fundamental para o estabelecimento de um acordo entre as partes. “A mediação é uma ferramenta essencial para acabar com esse mal que é perpetrado contra pessoas que estão em condição de sujeição familiar, como crianças e idosos”, considerou.

De acordo com Aline, a alienação afeta, sobretudo, o desenvolvimento da personalidade das crianças e adolescentes. “A alienação vai acarretando diversas doenças psicossomáticas e físicas, que podem conduzir as crianças até sua fase adulta. Quando as famílias não conseguem estabelecer uma relação, são sentimentos como os de raiva ou vingança que são resgatados”.

Presente ao curso, a advogada e integrante da Comissão, Katiene Barbosa dos Santos, afirmou que discutir a alienação, um instituo jovem no Direito, traz uma visão além da área jurídica. “Isso visa proteger o núcleo da sociedade, que é a família, seja qual for o seu formato. É vital que as partes possam ser ouvidas, dando a possibilidade de elas buscarem uma solução”.

Para a presidente da Comissão, Patrícia França, a alienação é um dos pontos relevantes que a Comissão quis levar aos quadros de debates na Ordem. “Hoje, nós abordamos a importância da mediação como uma ferramenta de combate à alienação parental e isso é essencial. Muitas crianças tornam-se reféns dos pais quando há o luto conjugal e isso não pode acontecer”.