Palestras sobre atuação no Direito penal e nos juizados especiais cíveis encerram Curso de Ingresso

Nesta quarta-feira, 13, a atuação nos juizados especiais cíveis, as vantagens do empreendedorismo jurídico, o empoderamento das mulheres na advocacia criminal e a atuação e os desafios da classe no Direito Penal foram os temas do último dia do Curso de Ingresso à Advocacia.

Em sua palestra, o pós-graduando em Direito Empresarial e advogado nas áreas de Direito do Trabalho, Direito do Consumidor, Direito Civil e marketing jurídico, Thiago Noronha, falou sobre a atuação nos juizados especiais cíveis e as vantagens do empreendedorismo jurídico.

Apontando os motes relativos e os requisitos práticos necessários para o exercício da profissão nos juizados especiais, como a necessidade do estudo diário, Thiago explanou sobre o atendimento, audiências de conciliação e instrução e a turma recursal.

Através de uma reflexão sobre as transformações no mercado de trabalho, o advogado falou ainda sobre as vantagens e as ferramentas do empreendedorismo jurídico. Para ele, “a atualidade requer que os profissionais sejam empreendedores diários de si”.

Em seguida, abordando as manifestações do machismo e do patriarcado na sociedade, a advogada criminalista e membro da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB, Niully Campos, afirmou a imprescindibilidade do empoderamento da mulher na advocacia criminal.

Segundo a advogada, o respeito à mulher é condição sine qua non para o desenvolvimento da democracia. “Empoderar as mulheres é uma maneira de efetivar a igualdade. Quando nós respeitamos uma mulher, contribuímos para o fortalecimento da democracia e da sociedade”.

Encerrando as palestras do último dia do Curso de Ingresso à Advocacia, o advogado criminal e presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB, José Robson de Barros, falou sobre a atuação no Direito Penal e a responsabilidade da advocacia na defesa dos direitos humanos.

Em sua fala, Robson lembrou o papel social da classe e defendeu o respeito às diferenças e à condição de ser humano como o princípio vital à atuação no Direito Penal. Para ele, defender os direitos humanos é missão precípua não só da advocacia, mas também de toda a sociedade.

Além de esclarecer sobre os desafios da área e os aspectos práticos da atuação na seara criminal, como a argumentação técnica, a sustentação oral e o júri, o advogado ressaltou a necessidade de ter a consciência de que os direitos humanos são irrenunciáveis e imperativos.

“É preciso acabar com a cultura de ódio presente no mundo. Respeitar o próximo não é uma missão precípua só da advocacia, mas é também de toda a sociedade. É essencial que vocês plantem essa semente”.

Promovido pela OAB/SE, através da Escola Superior de Advocacia, com o objetivo de orientar a jovem advocacia, o curso abordou, em três dias de capacitação, os motes essenciais ao início da carreira, como a postulação eletrônica em juízo, a advocacia dativa, as audiências, etc.

Para a jovem advogada, Verônica Gomes de Andrade, a capacitação foi essencial para seu início de carreira. “Esse curso é extremamente necessário. Gostei muito das palestras e das colocações que foram feitas aqui. O mercado está aberto sim ao jovem advogado e essa é uma questão de encarar o novo”.