Em palestra, presidente da Comissão de Defesa da Mulher aborda desafios para concretização da igualdade de gênero

A mulher na história, os séculos de sujeição do sexo feminino e a luta constante para concretização da igualdade de gênero foram os pontos discutidos pela presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher da OAB/SE, Adélia Pessoa, em palestra proferida nesta quarta-feira, 07, no evento “PRF Convida”. Realizado pela Polícia Rodoviário Federal, em Sergipe, o encontro propôs uma reflexão sobre o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira, 08 de março.

Iniciando sua explanação, a presidente da Comissão ressaltou como o Dia da Mulher deve ser visto. “Oito de março não é uma data para receber chocolates e flores. Oito de março é uma data para discutir, refletir e recontar a história das mulheres. Uma história  de luta e resistência”, frisou Adélia.

Ao falar sobre a presença feminina nos espaços públicos, a advogada destacou que o nível educacional das mulheres está se elevando, bem como a sua participação no mercado de trabalho e nos cargos de decisão. “Se olharmos o caminho percorrido até aqui, podemos perceber que já progredimos bastante, mas é necessário fazer mais, porque ainda há muito o que avançar, principalmente, no que diz respeito a efetivação das garantias constitucionais”, disse Adélia, complementando.

“Hoje nossa luta não é para criar direitos, porque as leis estão reconhecidas, e sim para garantir que eles sejam respeitados e impedir que nos sejam retirados. Porque as leis, apenas no papel, não bastam. É preciso evoluir na prática”, finalizou a presidente.

Autoestima 

O evento também contou com a palestra “Mulher”, ministrada pela psicóloga Elen Peasante, que focou na importância da autoestima.”Meu objetivo hoje é trazer cada um de vocês para o aqui e agora. É promover uma conscientização sobre essa mulher que vive em uma correria constante, assumindo vários papéis na vida e, na maioria das vezes, acaba por esquecer de si. O intuito é mostrar a relevância da autoestima, de pensar e realizar coisas que nos nutrem, nos deixam feliz”, ressaltou Elen.

Por fim, a psicóloga afirmou a necessidade de romper com os esteriótipos e desconstruir o conceito de “Mulher Maravilha”, que aprisiona e sobrecarrega a mulher.

Violentômetro

Durante o encontro, foram distribuídos panfletos confeccionados pela Comissão de  Defesa da Mulher da OAB/SE com números para denunciar casos discriminação ou violência contra a mulher, além de um “violentômetro”, que traz os níveis de violência para alertar à população feminina e reforçar a importância de relatar esse tipo de crime.