Ética, participação feminina e desafios na profissão são debatidos por Conselho Estadual da Jovem Advocacia

Nesta quarta-feira, 13, a ética na profissão, os desafios da advocacia em início de carreira e a participação feminina nos espaços de poder e decisão guiaram as discussões da primeira reunião do ano do Conselho Estadual da Jovem Advocacia da Ordem dos Advogados do Brasil.

Presente ao encontro, o presidente da OAB, Inácio Krauss, relembrou as conquistas recentes dos jovens profissionais – como a vedação da cláusula de barreira – além de reafirmar a defesa da jovem advocacia como prioritária e conclamar os integrantes do Conselho à labuta diária.

A vice-presidente do Conselho, Bárbara Toledo, iniciou os debates com uma explanação sobre a valorização da juventude e, sobretudo, da mulher advogada. Ponderando avanços como a criação do Conselho Seccional paritário na OAB/SE, preconizou união e destaque à bandeira.

“É necessário que a gente priorize maior representação e participação da mulher nos espaços de poder e decisão. Precisamos estar unidas e unidos em prol desse propósito, buscando dar continuidade ao que já foi iniciado: a efetiva participação feminina na OAB/SE”, considerou.

Em seguida, além de esclarecer trâmites, funcionamento e missão do Conselho Estadual, no qual exerce a função de presidente, Cadu Siqueira reafirmou a abordagem de Bárbara. “É simbólico, por exemplo, que haja apenas três mulheres dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça”.

A diretora de relações institucionais do Conselho, Jaqueline Deolindo, também falou sobre a luta histórica da mulher na sociedade, defendendo o que deve ser continuado tendo em vista os obstáculos que ainda persistem.

O presidente do Tribunal de Ética e Disciplina da OAB/SE, Leão Magno, participou do encontro e ministrou uma explanação sobre os desafios contemporâneos ao exercício ético da profissão. Falou sobre a publicidade, as infrações éticas mais comuns e de que forma o Tribunal atua.

“É necessário que a gente se aprimore e busque o conhecimento sobre a Legislação Ética. O que nós, no Ted, percebemos é que muitas vezes o advogado ou a advogada comete uma infração não por improbidade, mas sim por falta de conhecimento. Uma placa com o nosso fixada no nosso escritório não é proibido, mas essa mesma placa fixada em um totem é uma infração ética, por exemplo”.

Após as discussões, o Conselho da Jovem Advocacia comprometeu-se a encaminhar ações no sentido de buscar o engajamento ético da categoria em prol de uma advocacia mais respeitada. O CEJA também vai priorizar a atuação a respeito da advocacia dativa e iniciará a organização da Conferência Estadual da Jovem Advocacia, que ocorrerá ainda neste ano.