Nesta quinta-feira, 12, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, representada pelo presidente da Comissão do Meio Ambiente, Honey Gama, esteve no município de Propriá para verificar a situação do lixão da cidade, localizado às margens do riacho jacaré, que deságua diretamente no Rio São Francisco.
“Atendendo ao convite da vereadora Dilma da Colônia, visitei o lixão de Propriá e notei a existência de pessoas em condições sub-humanas, vivendo da coleta e reciclagem do lixo, que buscam alternativas e soluções para o problema, querendo profissionalizar-se através de uma cooperativa que estão montando desde 2014”, destaca Honey, complementando.
“Eles buscam, por meio da cooperativa, a criação de um descarte ecológico dos resíduos sólidos. Apesar disso, percebemos o total descaso e falta de interesse do poder público de auxiliar na solução da questão. Enquanto isso, sofrem as famílias e o meio ambiente”, afirma o advogado.
Após a ida ao município, o presidente entrou em contato com o Ministério Público de Sergipe (MPE/SE). De acordo com o órgão, 60% dos resíduos sólidos de Propriá recebem destinação adequada e medidas já estão sendo adotadas para se proceder a extinção do lixão.
“Por via transversa, como coordenador da Câmara Consultiva Regional do Baixo São Francisco (CCR), em que ocupo o acento destinado à OAB, irei protocolar junto à presidência do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), nesta segunda-feira, 16, um pleito do Consórcio de Saneamento Básico do Baixo São Francisco (CONBASF), que é a parceria com Comitê para implantar o consórcio e dar viabilidade a cooperativa formada em Propriá”, ressalta o advogado.
Segundo o presidente, a OAB/SE, através da Comissão, acompanhará de perto as tratativas que visam por fim ao lixão. “O CBHSF, que possui rubricas para saneamento básico, já custeou o plano municipal de saneamento básico que foi aprovado pela Câmara de Propriá. Iremos aproveitar este projeto para analisar, em diálogo com o prefeito da cidade, a possibilidade de extinguir o lixão e dar a destinação correta ao lixo. Para levar dignidade a essas pessoas que vivem em condições precárias”, conclui Honey.