Nesta segunda-feira, 11, a advocacia trabalhista e a postulação eletrônica em juízo foram os temas do primeiro dia do Curso de Ingresso à Advocacia. Até esta quarta-feira, 13, promovido pela Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, através da Escola Superior de Advocacia, o curso tem os objetivos de orientar e de dar o suporte necessário à jovem advocacia do Estado.
Em sua palestra, o vice-diretor de pós-graduação da ESA, Max Cardoso Dória, abordou o perfil do advogado trabalhista, a evolução da classe e as perspectivas da advocacia perante a promulgação da Reforma Trabalhista. Segundo Max, devido às alterações no ordenamento jurídico, a jovem advocacia talvez tenha mais facilidade para entrar no mercado de trabalho.
“Ao meu ver, as perspectivas para os jovens advogados são boas. Estamos vivenciando um momento de insegurança jurídica e, de algum modo, isso pode gerar um aumento de litígios trabalhistas, advindos desta reforma. Hoje, devido a tantas mudanças, quem está iniciando a carreira está em pé de igualdade com quem já estava atuando porque tudo terá de ser estudado como que quase do zero”, afirmou.
Em seguida, em um bate-papo com os jovens profissionais, vice-diretora da ESA, Silvana Farias, falou sobre as postulações eletrônicas em juízo: o Portal do Advogado e o PJ-e. Em sua fala, Silvana explicou os principais motes para a introdução do advogado através do sistema de peticionamento da Justiça, como o cadastro, o login, o token, os navegadores, etc.
Encerrando as palestras do primeiro dia da capacitação, a coordenadora do Curso de Ingresso e Advocacia Continuada da ESA, Fernanda Silva Sousa, explanou sobre o CRETA e o PJ-e dentro dos moldes da Justiça Federal. Em sua explanação, Fernanda abordou questões práticas como as formas de utilizar o sistema, de adquirir o certificado digital, de realizar o cadastro, etc.
Para o jovem advogado, Danilo Campos Lopes, o curso é uma iniciativa essencial. “Para nós, que estamos ingressando na profissão, as dicas aqui passadas são muito boas. Para quem já está no mercado parecem coisas muito pequenas, mas para nós fazem toda a diferença. A gente sai da faculdade e vai para o mundo da advocacia sem muita instrução prática”.
Na avaliação da jovem profissional, Luciana Maria Nunes de Oliveira, a capacitação é acolhedora. “Gostei muito da forma leve como a OAB nos recebeu, apesar de ser uma instituição tão tradicional e formal. Desde a reunião com os bacharéis, antes da solenidade de compromisso, a Ordem nos recebeu com muita simplicidade e de forma muito leve”, afirmou.
Até esta quarta-feira, 13, através de reflexões sobre os aspectos práticos relevantes para o exercício diário da profissão, o curso abordará temas como a advocacia criminal, os direitos humanos, a advocacia dativa e a advocacia pro bono, a sustentação oral e as audiências.