Na última sexta-feira, 27, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, por meio da Comissão de Promoção Cultural da entidade, esteve na Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju) para reivindicar o pagamento dos quadrilheiros que, até o momento, não receberam os valores referentes aos festejos juninos realizados em 2016, a exemplo do Concurso de Quadrilhas da Rua São João e das apresentações no Arraial do Povo, eventos patrocinados pela Secretaria de Comunicação de Aracaju.
De acordo com o advogado Joel Moreira, membro da Comissão de Promoção Cultural da OAB/SE, a questão foi levada à seccional por representantes das quadrilhas juninas do Estado que estão enfrentando dificuldades para receber o pagamento pelo trabalho desempenhando.
“Enquanto instituição que representa à sociedade e entidade constitucionalmente reconhecida, a OAB/SE não poderia se omitir diante dos fatos apresentados pelos quadrilheiros”, disse Joel, pontuando que, mais uma vez, a seccional reafirma o compromisso com as demandas sociais.
Segundo o advogado, em 2016 foram destinados R$ 500.000,00 para as Quadrilhas Juninas, via Lei Municipal 4.856/ 2016, o que torna sem justificativa o não pagamento dos valores.
Durante a reunião foram discutidos o fomento à promoção cultural e a aplicação da Lei Estadual 8.110/2016 e Lei Municipal 4.818/2016, normativas que reconhecem as Quadrilhas Juninas como patrimônio cultural e imaterial.
“O descumprimento de tais garantias também se mostra evidente quando entre as esculturas construídas em frente ao Museu da Gente Sergipana, que em tese elevam a cultura do Estado, não podemos ver as Quadrilhas Juninas retratadas”, ressaltou Joel Moreira.
As solicitações foram feitas ao presidente interino da Funcaju, Nino Karvan, que garantiu levar ao Executivo as reivindicações elencadas durante o encontro.