Com o intuito de preparar e orientar a advocacia para a entrada no mercado de trabalho, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, deu início na noite desta segunda-feira, 10, a mais um “Curso de Ingresso”. Até esta terça-feira, 11, o evento abordará aspectos práticos relevantes para o exercício diário da profissão.
A capacitação foi aberta com uma reunião presidida pelo diretor-tesoureiro da OAB/SE, Sandro Mezzarano. Na ocasião, o representante da Ordem deu boas-vindas aos bacharéis, esclareceu os procedimentos da solenidade de compromisso e destacou as ações da entidade de valorização dos profissionais em início de carreira.
Responsável pela primeira explanação da noite, o diretor-geral da Escola Superior da Advocacia (ESA), Kleidson Nascimento, enfatizou a função social da classe, a necessidade de defesa das prerrogativas e a importância atuar de acordo com o Código de Ética e Disciplina da profissão.
“Devemos ter consciência da relevância de nossa missão constitucional, pois a advocacia é a única profissão inserida na Constituição Federal, sendo classificada como indispensável à administração da justiça”, frisou.
Em seguida, Kleidson focou na prática cível, apresentando questões relacionadas à rotina na área, pontuando desde o atendimento ao cliente a sustentação oral, tratando também sobre a postura do advogado e advogada durante uma audiência.
Encerrando o primeiro dia da qualificação, o vice-diretor de pós-graduação da ESA e militante na seara trabalhista, Max Dória, resgatou um pouco da experiência de 12 anos de atuação na área, relembrando que optou pelo Direito do Trabalho quando ainda era estagiário, e citou alguns casos vivenciados ao longo de sua trajetória.
Ao discorrer sobre o perfil do advogado trabalhista, Max considerou que o grande diferencial entre outras esferas do Direito, a exemplo da Cível, está em entender o cliente e passar a segurança que ele busca no momento.
“Além disso, o ritmo adotado pelo no campo trabalhista requer uma celeridade maior e próprio rito processual possui suas diferenças, principalmente se levarmos em consideração que normalmente estamos lidando com pessoas que perderam emprego, havendo muita possibilidade de acordo, visto que é a CLT prega a realização de uma audiência de conciliação”, explicou Max.
O último dia do curso colocará em debate o trabalho nos juizados especiais cíveis e as postulações eletrônicas, trazendo pontos importantes da vivência de quem já trilha uma história profissional na advocacia.
Bacharéis
Para o bacharel Luiz Carlos dos Santos, a formação aponta um norte para novos membros da classe que a partir desta quarta-feira já poderão exercer a advocacia. “A verdade é que para nós, jovens advogados e advogadas, as orientações passadas no curso são necessárias e bem-vindas, porque quando saímos da universidade não temos tanto conhecimento acerca da rotina profissional”.
“Nós ingressaremos na advocacia em momento de mudanças em várias áreas e acompanhar o que está acontecendo, através do ponto de vista prático que esse curso oferece é fundamental para nosso começo na profissão”, avaliou a bacharela Aline Costa.
