A Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), por meio da Comissão de Direitos LGBTQI+, com o apoio do Governo do Estado por intermédio da Secretaria de Estado da Inclusão, Assistência Social e do Trabalho (Seit), realizou no último dia 9 de dezembro, na Sala da Escola Superior de Advocacia (ESA) a Roda de Conversa Transfobia.
A roda de conversa contou com a participação de quatro palestrantes: Adriana Lohana Santos, referência técnica em políticas públicas para população LGBT da Seit; Silvânia Santos, conselheira tutelar; Linda Brasil, ativista trans CasAmor; e Maria Eduarda, assistente social da Associação Sergipana de Transgêneros (Astra).
A integrante da Comissão de Direitos LGBTQI+, Alessandra Tavares, representou a presidente da Comissão de Direitos LGBTQI+, Mônica Porto Cardoso que estava em Fortaleza na Conferência Nacional de direitos LGBT, e foi a mediadora do evento. Também compareceram, Dalvacir a vice e Carla Rosa a secretaria geral adjunta, ambas da comissão de direitos LGBTQI+
De acordo com Alessandra Tavares, as rodas de conversa são importantes para a troca de experiências entre os participantes. “É sempre enriquecedor discutir temas tão importantes, como a transfobia, e que estão ganhando notoriedade graças às lutas”, ressaltou.
Ela disse ainda que é essencial a luta para que não haja preconceito de nenhuma forma, a fim de que todas as pessoas possam viver plenamente, exercendo a sua cidadania e tendo a sua dignidade preservada. “Foi bastante proveitoso e engrandecedor o evento”, afirmou.
A vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM) da OAB/SE, Valdilene Oliveira Martins, destacou a importância da roda de conversa. “O evento dá esclarecimento quanto ao que é ser trans e dá visibilidade também ao sofrimento que essas mulheres passam, porque além do recorte de gênero, da desigualdade, do preconceito, da discriminação de gênero pelo simples fato de ser mulher, tem esse recorte de ser mulher trans ,quando é uma mulher trans e negra como teve lá, tudo se torna muito mais complicado porque o preconceito, a discriminação são fruto da falta de informação, da ignorância intelectual mesmo, falta de esclarecimento, isso ocorre porque são ignorantes no sentido da falta de esclarecimento sobre o tema”, afirmou.
Segundo Valdilene, a conversa foi muito boa porque foram expostas diversas situações e meninas que vivenciam isso demonstraram claramente, e nós que estamos de fora, conhecendo o que elas passam podemos tentar ajudar a não reproduzir esse tipo de preconceito, não aceitar piadinhas, gracinhas, coisas ofensivas que muitas vezes acham que não ofende mas ofende sim. “A roda de conversa foi muito produtiva, foi uma coisa informal, onde cada uma demonstrou a sua vivência e também foram expostas as dúvidas e foi esclarecido tudo por elas”, ressaltou.