Uma noite de homenagens e muita emoção. Assim foi a celebração dos 88 anos da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Sergipe (OAB/SE), que aconteceu na última quinta-feira, 11, no auditório da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe (CAASE).
A cerimônia comemorativa contou com a presença das diretorias da OAB e da CAASE, além de conselheiros, diretores e membros de comissão e foi prestigiado por diversas autoridades da sociedade sergipana, sendo transmitido pelo canal do youtube da Ordem.
Em seu discurso, o presidente da OAB/SE ressaltou a importância de todos que contribuíram ao longo dos 88 anos da instituição, especialmente os 32 presidentes que antecederam a atual diretoria.
“Na posteridade dos 88 anos que se passaram desde a fundação da OAB/SE, em 11 de maio de 1935, até o dia de hoje, vivenciamos a consolidação de uma das mais fortes instituições do estado de Sergipe, com uma história de lutas e de conquistas que precisa ser reconhecida e louvada. Desde Edilson de Oliveira Ribeiro, em 1935, passando por Gilton Garcia, por Carlos Augusto Monteiro e por tantos outros grandes presidentes, muitos fizeram desta caminhada uma honrosa história para os advogados, para a sociedade sergipana e para o país, pois a nossa advocacia transcendeu fronteiras”.
Danniel Costa rememorou que a OAB/SE se tornou o principal alicerce do sistema judiciário em Sergipe, para ser também a instituição que, além dos advogados, olha por toda a sociedade sergipana:
“A OAB Sergipe se destacou por significar o equilíbrio nos momentos mais conturbados da sociedade e se mostrou forte e atuante para proteger a Constituição, o Estado Democrático de Direito, participando, ativamente, dos grandes momentos da história deste estado”.
Ao destacar as últimas realizações da OAB/SE, o presidente afirmou que o sucesso da gestão é fruto de um trabalho coletivo, e, na oportunidade, agradeceu aos atuais membros das diretorias da OAB e da CAASE, aos conselheiros, aos membros das comissões, ouvidoria, procuradoria, TED, ESA e aos funcionários da Ordem.
Medalha Tobias Barreto
O homenageado da noite foi o ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) que recebeu a medalha Tobias Barreto, honraria criada pela OAB/SE para homenagear juristas sergipanos.
“Nós tivemos a aprovação do nosso Conselho, durante a última reunião seccional, e criamos a medalha Tobias Barreto, que vai homenagear a cada ano, no dia 11 de maio, grandes juristas sergipanos. É uma grande honra entregar essa primeira medalha a um jurista que é fã de Tobias Barreto, uma grande poeta e advogado, que nos orgulhou quando presidiu o STF e o TSE. Um homem com uma história impecável”, ressalta o presidente da Seccional, Danniel Costa.
O ex-ministro, Carlos Ayres Britto, agradeceu a homenagem recebida e falou da alegria em festejar os 88 anos da OAB/SE. “Uma emoção forte, uma honra muito grande retornar a Sergipe, minha terra tão querida, uma terra que meu tudo, até a orientação do próprio direito, que mais do que um meio de vida, é uma razão de viver. Recebi esse convite da OAB, fiquei muito feliz, ainda mais para falar sobre Tobias Barreto, um grande pensador sergipano”, afirma.
Na oportunidade, o ex-ministro reforçou a importância de defender a democracia, princípio básico de todos os princípios jurídicos. “A democracia é o princípio dos princípios da Constituição, e sobretudo, nessa fase mais conturbada da vida brasileira em que se tenta abalar os próprios alicerces da democracia, esquecidos que a democracia é o próprio princípio de ser de todos os outros princípios jurídicos e a condição de possibilidade deles. Vamos defender a democracia”, enfatiza Ayres Britto.
A medalha foi criada, durante reunião do Conselho Seccional da OAB/SE, para homenagear juristas sergipanos na data que se comemora o aniversário da seccional, dia 11 de maio.
Tobias Barreto nasceu em 1939, no município sergipano que leva seu nome. Ele foi filósofo, escritor e jurista brasileiro. Foi o líder do movimento intelectual, poético, crítico, filosófico e jurídico, conhecido como Escola do Recife, que agitou a Faculdade de Direito do Recife nas últimas décadas do século XIX. É o patrono da cadeira n.º 38 da Academia Brasileira de Letras.
Por Innuve Comunicação
ASCOM – OAB Sergipe