Com o propósito de verificar se há acessibilidade, inclusão e integração nas escolas do Estado, membros da Comissão de Acessibilidade e Direito da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, estão realizando vistorias em instituições de ensino. Nesta terça-feira, 20, a visita foi realizada na Escola José Airton de Andrade, localizada em Aracaju.
Com capacidade para 120 estudantes, o colégio – voltado para o ensino fundamental – abarca atualmente 97 alunos. Dentre eles, dois são pessoas com deficiência. Segundo a diretora da escola, Vilma Lima, um dos estudantes já possui o apoio de cuidador. Os cuidadores escolares auxiliam parcialmente ou realizam junto ao aluno atividades como alimentar, locomover, etc.
Além de averiguar se a infraestrutura do colégio atende às demandas de acessibilidade – a exemplo de disposição de rampas, piso tátil, sinalização em braile e barras de apoio –, os integrantes da Comissão verificaram os aspectos pedagógicos: suporte psicológico, preparo dos professores, incentivo da escola à integração entre os alunos com e sem deficiência, etc.
Na visita, o presidente da Comissão, Ricardo Mesquita Barbosa, ponderou que a acessibilidade trata-se não só de possibilitar aos indivíduos segurança, autonomia e garantia de direitos, mas também de incentivar o convívio comum entre a diversidade. “Precisamos de integração entre todas as pessoas. Efetivar a acessibilidade é dever de todos: Estado, Município e sociedade”.
Presente à vistoria, a coordenadora da Educação Especial, Taísa Aragão, esclareceu as diversas formas de atuação. “Na rede municipal, temos 120 profissionais de apoio, 12 intérpretes de libras e 24 salas de recursos – entre 74 unidades de ensino. Ofertamos curso básico de libras para professores e, a depender da demanda, também auxiliamos o transporte de alunos”.
De acordo com Taísa, há dois tipos de salas de recursos: o tipo 1, que possui equipamentos e brinquedos mais comuns de acessibilidade, e o tipo 2, que têm ferramentas pedagógicas mais tecnológicas, como computadores integralmente equipados para estudantes cegos. A coordenadora explicou que as salas de recursos do tipo 1 são mais comuns em Aracaju.
A arquiteta da Coordenadoria de Infraestrutura e Edificações, Isabela Torres Campos, também esteve presente à visita e falou sobre os avanços e dificuldades nos espaços físicos. Segundo a profissional, as escolas mais recentes já estão sendo construídas para serem acessíveis, mas há edificações antigas que só podem ser parcialmente acessíveis, tendo em vista suas estruturas.
Na ocasião, o membro da Comissão, Thieryson Santos, ressaltou as significativas melhorias e progressos concretizados na escola que foi reformada há 5 meses. “Estou muito surpreso com a evolução do colégio público. Ainda faltam melhorias, mas, ao comparar essa estrutura com a estrutura que tínhamos há 10 anos, é possível ver um grande salto de qualidade”, avaliou.
Participaram da vistoria também as integrantes da Comissão, Thialy Macedo Dória e Eugênia Luiza dos Santos. As advogadas ponderaram importantes aspectos e perspectivas no encontro.