A data 05 de maio é marcada por diversas causas: Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, Dia Mundial de Combate à Asma, Dia Mundial de Higienização das Mãos e Dia do Uso Racional de Medicamentos. Ante à pandemia do Covid-19, o Núcleo de Saúde da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, alerta necessidade de cuidado e atenção a doenças silenciosas ou de risco.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, os portadores de doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e asma, são mais suscetíveis a complicações do Covid-19. A hipertensão arterial é uma das comorbidades mais associadas à fatalidade pelo vírus. Para doenças que atacam os pulmões, como a asma, a relação é clara, pois são transtornos que já afetam a respiração.
De acordo com a OMS, atualmente há cerca de 235 milhões de pessoas com asma no mundo. A comorbidade, mais frequente em crianças, é uma doença crônica que se caracteriza por ataques recorrentes de dificuldade respiratória e seus portadores se inserem nos grupos de risco. Para a OMS, a asma é uma questão de saúde pública e deve receber especial atenção.
“Tendo em vista a seriedade das complicações do Covid-19 nas pessoas inclusas no grupo de risco, é preciso relembrar – principalmente neste 05 de maio – a necessidade de redobrar os cuidados com a prevenção ao vírus: isolamento social, higienização frequente das mãos, boa alimentação, etc”, diz a coordenadora do Núcleo de Saúde da OAB/SE, Welma Mendonça.
Welma alerta ainda sobre a imperiosidade de atentar-se a doenças pouco conhecidas, como a Hipertensão Pulmonar. “Perdi minha mãe no dia 1º de maio por isso. É uma doença cruel e pouco conhecida. Minha mãe foi internada por pneumonia, mas deu sorte de ser atendida por um médico que já havia se deparado com outros casos de hipertensão pulmonar”, conta.
“Hoje é o dia mundial dessa doença e a importância de falar sobre é justamente devido à falta de conhecimento e dificuldade de diagnóstico. Embora possa atingir qualquer pessoa, de qualquer idade, é mais comum em mulheres e não tem uma causa específica. A pessoa pode passar anos com ela e não ter sintomas claros, achando que é só um cansaço”, explica Welma.
Em seu site, o médico, Drauzio Varella, explica que a doença “consiste em alterações que dificultam a passagem do sangue pelas artérias e veias pulmonares. É sintoma o cansaço progressivo, que piora com o tempo e com esforços cada vez menores. Esse processo pode sobrecarregar o coração e, em casos graves, haver necessidade de internação e transplante”.
Segundo Drauzio, não é fácil estabelecer o diagnóstico. “A doença pode produzir alterações na radiografia de tórax, no eletrocardiograma e nos exames de sangue. Entretanto, grande parte dos diagnósticos surge da alteração presente no ecocardiograma. Quando a pressão estimada é maior do que 35 mmHg, em geral, se faz uma investigação mais aprofundada”.