Comissão de Igualdade Racial realiza imersão na cultura, tradição e religião afro em Laranjeiras

No último sábado (26/03), representantes da Comissão de Igualdade Racial da OAB Sergipe e da diretoria da Seccional, juntamente com advogados (as), partiram em viagem com destino e roteiro marcados para cidade de Laranjeiras, berço da cultura afro no estado. A ação faz parte do projeto “Sensorial Negro”, criado com o intuito de incentivar a imersão na cultura, tradição e religião afro-brasileira.

Lideradas por Dona Nadir, mulheres integrantes do grupo de Samba de Pareia cantaram e dançaram ritmos centenários de história e resistência, ao som de tambores e ganzá, no povoado Mussuca. Os visitantes ouviram as histórias cantadas e contadas pelas mulheres que protegem a tradição existente há mais de 300 anos.

Presidente da Comissão de Igualdade Racial em conversa com integrantes do Samba de Pareia.

Segundo o presidente da pasta, o “Sensorial Negro” é uma oportunidade de reforçar a luta da advocacia preta. “O projeto surgiu com o objetivo de apontar estratégias e discussões que fomentem atitudes concretas para a construção de ações e políticas em prol da igualdade racial”, disse Cézar Zuzarte. O secretário-geral Nilton Lacerda e a secretária-geral adjunta Clara Ferreira também acompanharam a experiência.

Nilton Lacerda, Plácido Lira e Clara Ferreira confraternizam em encontro do “Sensorial Negro”, na Mussuca.

“A parceria da OAB/SE para realização dessa ação nos alegra imensamente porque o apoio da OAB, uma instituição que defende os direitos dos cidadãos, é muito importante. Cultura é um direito de todos, e Laranjeiras respira cultura e representatividade”, ressalta Plácido Lira, secretário de cultura do município que representou o prefeito Juca na ocasião.

Dando continuidade à vivência, o grupo seguiu para o Terreiro Filhos de Obá, onde realizaram uma trilha, assistiram uma apresentação do grupo de capoeira local “Berimbau Gunga” e participaram de um Banquete de Chão.

Fundado por um grupo de sete pessoas, o Terreiro Filhos de Obá foi inicialmente liderado por Joaquina da Costa.

Advogada e representante do Terreiro em conversa com o secretário-geral, Nilton Lacerda.

“Filhos de Obá nasceu dentro de um contexto de liberdade entre irmãos e irmãs. A pluralidade de etnias de um terreiro criado por mulheres reforça o poder da coletividade centenária existente entre nós. Infelizmente, a intolerância religiosa é uma realidade constante, mas continuaremos resistindo”, declara Edilma Chagas, advogada e uma das representantes do Terreiro.

De acordo com os representantes da Comissão de Igualdade Racial, a viagem marca o início do ciclo de vivências do “Sensorial Negro”, que continuará acontecendo durante todo o triênio.

Foto: Sara Florêncio
Por Innuve Comunicação
ASCOM OAB/SE