Durante a abertura do primeiro “Curso de Ingresso à Advocacia” deste ano, o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, Henri Clay Andrade, defendeu nesta segunda-feira, 20, a valorização do jovem advogado como indispensável para a advocacia e reafirmou as ações da entidade em busca da dignidade e do fortalecimento dos jovens profissionais.
Até esta quarta-feira, 22, o Curso de Ingresso à Advocacia colocará em debate assuntos indispensáveis para o começo de carreira. Com o propósito de orientar e dar o suporte necessário para os jovens advogados, a Escola Superior de Advocacia de Sergipe realiza a capacitação para os bacharéis que receberão a carteira da OAB nesta quinta-feira, 23.
“Para nós, as solenidades de compromisso são umas das mais importantes. São, sobretudo, momentos de afirmação da advocacia enquanto valor profissional. Quanto mais dermos ênfase a tal valor, mais estaremos defendendo a dignidade de nossa classe”, disse Henri Clay.
Na ocasião, o diretor-geral da Escola Superior de Advocacia, Kleidson Nascimento dos Santos, reforçou o compromisso da Escola, da Ordem e da Caixa de Assistência dos Advogados de Sergipe com a advocacia de todo o Estado. “É com muita alegria que recebemos vocês na nossa instituição. Todos nós andamos de mãos dados e vocês serão sempre bem assistidos”.
Em seguida, a presidente da Caixa de Assistência, Ana Lúcia Aguiar, ratificou a missão da instituição em promover inúmeros benefícios para a classe em todo o Estado. “Durante o curso, nós também apresentaremos todos os nossos serviços em prol da advocacia sergipana”.
Aprimoramento jurídico
No curso, através de reflexões e experiências sobre os aspectos práticos fundamentais para o exercício diário da profissão, os advogados e palestrantes, Carlos Eduardo Pereira Siqueira e Rafael Almeida Brito, colocaram em discussão a prática jurídica e a publicidade na advocacia.
Em sua palestra, Calos Eduardo abordou os apontamentos iniciais da prática jurídica, com ênfase no exercício da advocacia dativa e da advocacia pro bono. Segundo ele, são vários os desafios da atividade, como a violação das prerrogativas e a nomeação dos advogados dativos.
De acordo com Carlos, são necessários o fortalecimento da instituição e o aprimoramento jurídico frequente para vencer esses e outros desafios. ”É através da OAB que nós temos a possibilidade de questionar determinados atos contra a advocacia. Além disso, é preciso levar em conta também a importância do estudo cotidiano para o exercício da profissão”, afirmou.
Em seguida, o membro do Tribunal de Ética da OAB/SE, Rafael Almeida Brito, colocou em debate a publicidade na advocacia. Segundo Rafael, o fato de a advocacia ser uma função pública é o principal motivo pelo qual os advogados tenham limitações na publicidade.
“A advocacia faz parte de um sistema que existe para resolver problemas, que agrega o Judiciário e o Ministério Público. Os advogados não podem criar problemas onde não existem, não podem induzir a processos ou a litígios, por exemplo”, ponderou o palestrante.