Neste sábado, 21, a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, através da Escola Superior de Advocacia (ESA), promoveu mais uma capacitação no interior do Estado. Desta vez, foi a Regional Centro-Sul da OAB/SE, situada no município de Lagarto, que recebeu o curso de oratória, ministrado pelo advogado e especialista no assunto, Evaldo Campos.

Presente ao evento, o presidente em exercício da OAB/SE, Inácio Krauss, enfatizou que a Ordem vem desenvolvendo um forte trabalho de interiorização das ações e frisou importante a atuação da Comissão Centro-Sul para o êxito do processo de reforma e ampliação da Regional, inaugurada em abril deste ano.

“A reestruturação da Regional é uma prova de que a OAB valoriza a advocacia em todo Estado e representa uma conquista para os advogados e advogadas que militam na região Centro-Sul. Esse auditório que estamos hoje é fruto desse trabalho, um ambiente totalmente pensando para fomentar a cultura jurídica e qualificar os profissionais por meio da promoção de cursos como este”, enalteceu Krauss.

Presidente da Regional, Eduardo Maia, destacou a relevância da capacitação.  “A palavra é o instrumento do advogado. Pensando nisso e na constante qualificação que a nossa profissão requer, resolvemos, como apoio da ESA, trazer o excelente curso de oratória ministrado pelo professor Evaldo Campos”, disse Maia, pontuando que a alta adesão dos advogados comprovou o acerto na escolha da temática.

Segundo Eduardo, o evento é parte de uma agenda que já está sendo programada em parceria com a ESA. “Em breve teremos mais cursos acontecendo aqui no nosso auditório, porque acreditamos que o advogado qualificado é sinônimo de uma advocacia forte”, considerou.

Explanação

Com uma abordagem à luz da neurolinguística, a palestra proferida por Evaldo Campos teve como foco os mecanismos do cérebro humano que abarcam a compreensão, a produção e o conhecimento abstrato da língua, seja ela verbal ou não verbal.

Em sua explanação, o especialista em oratória apresentou algumas técnicas que auxiliam a superar o medo de falar em público, a exemplo da ancoragem e da ponte ao futuro, que são baseadas na assertiva de que todas as coisas ocorrem inicialmente no mundo mental.

“A ancoragem nos prepara para que façamos um novo molde mental, que será reproduzido quando tivermos em uma situação em que seja necessário falar em público. A ponte ao futuro também funciona neste sentido. É uma visão mental dissociada que transforma o final em uma visão mental associada, em que a pessoa se projeta e se vê obtendo sucesso”, explicou Evaldo, continuando.

“Essas técnicas são ferramentas que nos permitem transitar de um estado deficiente para um com recursos. Isto é, aquela pessoa que gagueja, que tem medo de falar ou esquece o que vai dizer, pode, ao fazer um trabalho consigo, transferir-se para um estado produtivo e superar este medo. Porque o que atrapalha o orador é o medo e é preciso domá-lo para obter resultado ao se comunicar”, concluiu o advogado.

O curso de oratória já foi promovido em Aracaju e na Regional Agreste.