Foi adiado para janeiro de 2021, o julgamento dos acusados da tentativa de homicídio contra o advogado e ex-conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe (OAB/SE), Antonio Mortari, crime ocorrido em 3 de agosto de 2016. Marcado para acontecer na manhã desta terça-feira, 13, no Fórum Gumersindo Bessa, o julgamento não foi realizado pela impossibilidade de comparecimento de testemunhas por motivo de enfermidade.
A Ordem entende que o júri deve ser totalmente presencial e só abre exceção em caso de consenso entre os participantes, e como não houve, a sessão de julgamento foi adiada. A nova data do julgamento já foi anunciada para o dia 26 de janeiro de 2021.
Entenda o caso
O advogado e ex-conselheiro da OAB/SE, Antonio Mortari, sofreu uma tentativa de homicídio no dia 3 de agosto de 2006, quando saía do seu escritório, às 22h, na Avenida Barão de Maruim, em Aracaju. Um carro se posicionou ao lado do veículo do advogado e o passageiro efetuou vários disparos. Dois tiros de pistola 380 atingiram o advogado no braço e um no peito, sendo que esse último perdeu impacto ao se deparar com o emblema da OAB, usado pelo advogado, que o protegeu da morte.
Os acusados de envolvimento na tentativa de homicídio cometida contra Antonio Mortari foram apresentados pela Secretaria da Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), no dia 5 de dezembro. Na oportunidade, foram apresentados os detalhes da investigação que culminou na prisão de Clemilton de Almeida Agapito, 61 anos; Anderson Santana Souza do Nascimento, 27 anos; Marcus Henrique Coelho de Souza, 53 anos.
De acordo com a SSP, o atentando foi motivado pelo exercício profissional do advogado. Segundo a delegada Thereza Simony, responsável pelas investigações, o advogado estava aconselhando ao seu cliente, que é sócio minoritário de uma empresa, de que os investigados estavam apresentando documentação de terras que não existiam.
Em fevereiro de 2017, o Ministério Público do Estado de Sergipe, por meio dos promotores da 2ª e 4ª Promotoria do Júri, Cláudia Daniela de Freitas Franco e Flaviano Almeida Franco, ofereceu denúncia contra os três acusados. O MP requereu que o denunciado Marcus Henrique seja condenado pelo crime de homicídio, e Agapito e Anderson sejam condenados por homicídio e pelo uso indevido de CPF e outros dados pessoais de terceiros.