A noite da última sexta-feira, 09, representou a concretização de um sonho para os 145 bacharéis que prestaram compromisso com a Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, e juraram atuar com liberdade, dignidade e ética na defesa dos direitos sociais e das prerrogativas profissionais. Durante a solenidade, eles receberam a carteira profissional da OAB, que os torna aptos para o exercício do Direito.
Ao parabenizar os novos advogados, o presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, reafirmou a imprescindibilidade da advocacia para preservação da ordem jurídica do Estado democrático, dos direitos humanos e da justiça social. “A Constituição Federal diz que somos indispensáveis à administração da justiça e nossas manifestações, enquanto advogados e advogadas, são invioláveis. Portanto, podemos afirmar que sem advocacia não há justiça”, pontuou.
Resgatando as batalhas travadas pela advocacia ao longo da história, o presidente defendeu a profissão como estratégica e essencial para assegurar a efetivação das garantias fundamentais dos cidadãos. “Os direitos civilizatórios já foram declarados. A nossa luta é constitucional. A principal missão que nós, advogados, temos atualmente é colocar em prática a constituição, é tirar as leis do papel e trazê-las para vida das pessoas”, concluiu Henri Clay.
Responsável por saudar os novos profissionais, o ex-presidente da OAB Nacional, Cezar Britto, abordou os princípios da advocacia e recordou a época em que esteve à frente da OAB, quando propôs o Exame de Ordem Unificado, buscando encerrar os julgamentos a respeito da facilidade ou dificuldade da avaliação, que era diferente em cada região do país.
“Quando estava na presidência, apresentamos a ideia do Exame Unificado, para evitar que houvessem diferenças entre as provas. Na ocasião, ouvimos das seccionais do Sul e Sudeste, que, para aplicar uma prova única, seria necessário baixar o nível das questões, porque somente dessa forma os nordestinos seriam aprovados”, relatou.
Segundo o ex-presidente, os números de aprovação mostram que conhecimento superou o preconceito e enfatizou o orgulho de ser um advogado sergipano. “Nesses 12 anos de Exame Unificado, o Nordeste tem apresentado os melhores resultados do Brasil. Os dados são tão significativos que o editorial do Última Hora (Rio Grande do Sul) diz “Caiu o mito. Nós achamos que erámos os mais inteligentes, mas são os nordestinos”. Diante deste fato, só posso reafirmar meu orgulho de participar desta OAB, formada por uma advocacia que se mostra inteligente já no começo e corajosa no coração. É bom saber que a luta segue firme”, frisou Cezar Brito.
Trajetória e Conquista
Em seu discurso, a oradora da turma, Dirce Nascimento, destacou o relevante papel da advocacia enquanto instrumento fundamental para se alcançar a justiça jurídica e social. Ao relembrar a jornada dos bacharéis, desde a universidade até a aprovação no Exame de Ordem, Dirce frisou que o caminho foi árduo e a dedicação incondicional.
“Hoje passamos a integrar o quadro da Ordem dos Advogados do Brasil. Grandes foram os desafios em nossa trajetória, mas, imensa é a alegria da conquista. Ao prestar compromisso, temos a certeza de que todos nossos esforços valeram à pena e há uma nova estrada a ser percorrida”, considerou a oradora.
Para o jovem advogado, Roger Rocha, a cerimônia é um momento marcante para todos e representa a realização de um sonho. “Sempre almejei me tornar advogado, porque é através da advocacia que se garante a sociedade o acesso à justiça. Hoje, graças a Deus, alcanço meu objetivo e não vejo a hora de poder atuar na defesa da cidadania, na busca pela efetivação de direitos”.