Em mais uma ação em defesa da sociedade, representantes da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, solicitaram nesta quarta-feira, 12, informações sobre o andamento da investigação do homicídio de José Willian de Oliveira Pereira, em Brejo Grande.
Segundo relatos, José Willian, de 23 anos, morreu após ser atingido por policial em uma vaquejada. Em reunião com o secretário de Segurança Pública de Sergipe, João Eloy de Menezes, e o comandante da Polícia Militar, Marcony Cabral, membros da Comissão reafirmaram a confiança nas instituições e solicitaram uma investigação célere, eficaz e imparcial.
A morte de José aconteceu após confusões registradas pela Polícia Militar. À época, a ocorrência foi feita na delegacia de Propriá e a Secretaria de Segurança Pública informou que havia sido instaurado um inquérito para investigar as causas que levaram ao disparo da arma.
Robson Santos de Barros, presidente da Comissão de Direitos Humanos da OAB/SE, conta que a Ordem, através da Comissão, está vigilante aos desdobramentos das investigações, cobrando do Estado uma apuração célere e eficaz da morte do jovem.
O presidente da Comissão relembra que não é a primeira vez que a OAB atua em casos de assassinatos de cidadãos. Em dezembro de 2017, a Ordem exigiu a rápida investigação da execução de um dos líderes do Movimento SOS Emprego, Clodoaldo Santos de Melo.
No mesmo ano, a entidade foi a público registrar sua indignação com a violência que, diuturnamente, fazia vítimas no Estado – e ainda faz. A OAB defendeu a necessidade de apuração célere do assassinato do Sargento da Polícia Militar, Adalberto dos Santos Filho.
Além disso, a OAB/SE se manifestou, em abril de 2017, pelas mortes do comandante do Pelotão da Companhia Especializada em Operações Policiais em Área de Caatinga (Ceopac), capitão Manoel Oliveira, e do agente da Guarda Municipal de Aracaju, Paulo Sérgio de Oliveira.
Em julho de 2016, a Ordem asseverou que o assassinato do cobrador de ônibus, David Jonhatan Barbosa, alvejado durante um assalto, demonstrava a ineficiência, a omissão e a indiferença nas políticas públicas de segurança de Sergipe.
No início de 2017, a OAB apresentou ao governador do Estado, Jackson Barreto, um relatório que mostrava um déficit de mais de dois mil policiais em Sergipe e reforçou o pedido de implementação de uma nova política de segurança, com ênfase na prevenção dos crimes.