A roda de conversa promovida pela Ordem dos Advogados do Brasil, em Sergipe, na última quinta-feira, 12, abordou ferramentas e posturas para a prática do atendimento humanizado na advocacia. O evento foi realizado através da Comissão de Direito Sistêmico da entidade.
Ao realizar a abertura do evento, o presidente da Comissão, Josadach Albuquerque Júnior, pontuou sobre o Direito Sistêmico, esclarecendo o conceito e a necessidade de discutir sobre o atendimento humanizado. De acordo com Josadach, difundir o assunto é missão da Comissão.
O presidente informou que ainda que a Comissão promoverá, nos próximos meses, novos encontros com o intuito de ampliar o conhecimento da área. “Os objetivos são difundir uma Justiça mais humanizada e buscar a rápida, eficaz e duradoura solução de conflitos”, ratificou.
A palestrante, Ticiane Garcez, secretária-geral da Comissão, falou sobre o pensamento sistêmico. Segundo ela, ao desenvolver competências, a advocacia facilita a ampliação de consciência de seus clientes, convidando-os à percepção sistêmica dos contextos e conflitos.
A especialista explicou que o uso de bonecos e âncoras são as principais ferramentas no uso do pensamento sistêmico e a prática contribui com a humanização, consenso e pacificação social. “O uso dos bonecos faz com que as partes se vejam sob outro ponto de vista”, afirmou.
“A gente precisa ter um olhar mais humanizado das coisas e essa é uma forma de trabalhar os sentimentos para, quem sabe, haver uma resolução em forma de mediação. Com esse tipo de atendimento, o cliente consegue entender melhor as ações e posturas da outra parte”, disse.
“No uso dos bonecos, nós analisamos como a parte posiciona a si mesmo e os agentes dos conflitos (representados nos bonecos), identificando quais são os sentimentos e as posições. Às vezes quando o cliente olha por cima diz: nunca pensei nisso, mas faz sentido”, contou.